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Com Adaptações Novos Produtos Chegam Ao Canal
09/01/2014 às 17h50
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09/01/2014 às 00h00 Com adaptações, novos produtos chegam ao canalPor De São Paulo Para ampliar o leque de serviços financeiros ofertados pelos correspondentes bancários e ir além do pagamento de contas, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal trabalham na adaptação de seus produtos tradicionais para o canal alternativo. No cardápio do correspondente entram desde o crédito consignado e o seguro de assistência funeral, até os financiamentos habitacionais e os serviços de captura de cartões para pequenos lojistas. "Estamos fazendo um grande trabalho de automação e de adaptação dos produtos para o canal", diz o diretor de estratégia e distribuição da Caixa, Paulo Nergi. "O credenciamento de cartão, por exemplo, é uma operação de venda mais simples e repetitiva, que pode ter sucesso." Em novembro, o BB redesenhou o relacionamento com os correspondentes com o objetivo de ampliar a oferta do crédito imobiliário. Em 1.300 correspondentes, o banco também colocou funcionários para oferecer à clientela produtos como crédito e seguros. Longe das grandes cidades e em áreas rurais, o correspondente já vai hoje além do pagamento de contas e ocupa papel semelhante ao das agências. Pesquisa da Bankable Frontier Associates mostrou que 9% das pessoas que vivem em cidades pequenas e 13% dos brasileiros de áreas rurais obtiveram crédito em correspondentes. A média nacional é de 6%. Se consideradas só cidades pequenas no Nordeste, esse percentual sobe para 18%. "Não é por esgotamento ou por excesso de oferta que o modelo de correspondentes bancários estagnou no Brasil", afirma o professor Lauro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças da Fundação Getulio Vargas. Na visão dele, o canal passa por uma reinvenção, no rastro do avanço dos pagamentos móveis e das transações por canais eletrônicos. Essas novidades reduzem a necessidade de locomoção até o correspondente para pagar contas ou receber benefícios sociais. "Nesses casos, o correspondente pode assumir uma função de maior relacionamento, ofertar produtos." O avanço de produtos financeiros mais complexos no correspondente traz um problema complexo de segurança aos postos, que é o aumento no manuseio de dinheiro. "É uma grande preocupação e nós arcamos com uma parte dos custos, além de incentivar o investimento em segurança", afirma Nergi, da Caixa. Para Gonzalez, da FGV, a integração de correspondentes com pagamentos via celular pode ajudar a reduzir esse problema nos próximos anos. (FM e CM) |