Cinco maiores bancos do país fecharam mais de 2,5 mil agências em 3 anos.

A acelerada digitalização do setor bancário e o avanço dos smartphones estão tornando obsoletas as agências bancárias. Para cortar custos e enfrentar a concorrência acirrada pela chegada dos bancos digitais — que nascem sem uma agência sequer —, os bancos estão fechando suas operações físicas. As que ainda estão com as portas abertas, vêm ganhando novos layouts e funções.
 
Segundo um levantamento da Ável Investimentos, com base em dados da Febraban, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal fecharam juntos 2.563 agências bancárias de 2020 a 2022. No primeiro trimestre deste ano, 256 unidades foram encerradas. O movimento acabou levando ao desemprego mais de 14 mil bancários, estima uma pesquisa da Dieese.
 
Para isso, os bancos tradicionais estão investindo cada vez mais na interface digital: o Banco do Brasil já possui 93,1% das operações dos clientes realizadas por meio dos canais digitais; enquanto Santander transformou algumas agências em um espaço de coworking aberto ao público. O Itaú implementa um plano que pretende adaptar e modernizar toda a rede de atendimento até 2025, com um novo formato voltada para aconselhamento sobre investimentos e planejamento financeiro.
 
No Bradesco, com 98% das transações digitais, um novo modelo de atendimento são as unidades de negócios. Isso inclui tanto alteração do espaço físico até unificação de unidades que ficam próximas. Além disso, o banco está apostando em unidades do Bradesco Expresso, uma rede de pequenos correspondentes bancários com mais de 40 mil pontos que funcionam em horário ampliado.
 
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