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Chefão do esquema de golpes em bancos, telefônicas e indígenas, advogado de MS é preso no Piauí

Fonte: Correio do Estado - 13/07/2023

13/07/2023 às 11h07

O advogado acusado de comandar o esquema de advocacia predatória investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Luiz Fernando Cardoso Ramos foi preso na manhã desta quarta-feira (05) na cidade de Floriano, sertão do Piauí. 

 

Luis Fernando foi acusado de se beneficiar de um esquema de advocacia predatória que movimentou mais de R$ 190 milhões. O advogado tinha escritório na cidade de Iguatemi, no Cone-Sul de Mato Grosso do Sul, mas também uma extensa rede de advogados em todo o Brasil. Ele é acusado de liderar o esquema de advocacia predatória alvo da Operação Arnaque, do Gaeco.

O Correio do Estado identificou pelo menos 150 mil processos ajuizados por Luiz Fernando Cardoso Ramos e sua rede de advogados em vários estados brasileiros. Uma autoridade que teve contato com os investigadores, mas que prefere manter o sigilo, explica que Ramos se aproveitava de indígenas, pessoas analfabetas, e de uma população extremamente vulnerável para ajuizar demandas contra bancos e empresas telefônicas. 

Boa parte das vítimas escolhidas por Luiz Fernando, segundo informou a autoridade, eram pessoas aposentadas ou titulares do Benefício de Prestação Continuado (BPC). Elas normalmente contraíram empréstimos consignados, e a partir destes empréstimos, juros e a eventual concordância dessas pessoas, era objeto de contestação na Justiça. 

O esquema também contava com o apoio de políticos, como vereadores, que contribuíram para que beneficiários de programas como o Bolsa Família, e também indígenas com acesso ao BPC, procurassem os serviços do esquema de Luiz Fernando. 

No interior do Estado, a presidente da Câmara Municipal de Paranhos, foi um dos alvos da Operação Arnaque. Elizabeth Brites Benites (PSDB) foi presa temporariamente no contexto da operação desencadeada pelo Gaeco para apurar o esquema de advocacia predatória. 

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