Do Diário do Grande ABC
Como impacto da medidas do Banco Central para conter o consumo, o primeiro trimestre de 2011 registrou ritmo lento de crescimento da modalidade CDC para a aquisição de veículos por pessoas físicas. A modalidade cresceu 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo balanço da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), divulgado hoje.
O saldo total das carteiras de financiamento chegou a R$ 190,4 bilhões, um aumento de 17,3% - ou R$ 28,1 bilhões a mais.
Segundo o presidente da Anef, Décio Carbonari de Almeida, a evolução moderada das operações é resultado direto das medidas macroprudenciais adotas pelo Banco Central, em dezembro de 2010. "Os impactos ainda serão ampliados nos próximos meses", avalia.
A taxa média de juros praticada pelas associadas à entidade no período apresentou um leve aumento, fechando o trimestre em 1,57% ao mês (20,56 % ao ano), contra 1,40% ao mês (18,16% ao ano) do mesmo período em 2010. A taxa praticada no mês anterior, fevereiro de 2011, foi de 1,55% ao mês (20,27% ao ano).
No período, o saldo do crédito para aquisição de veículos passou a corresponder a 5,1% do PIB, contra 5% no mesmo período do ano anterior, passando a representar 10,9% do total do crédito do Sistema Financeiro Nacional e 33% do total do crédito destinado a pessoas físicas.
O saldo do crédito bancário brasileiro alcançou em março de 2011 o valor de R$ 1,752 trilhão, passando a representar 46,4% do PIB (estimado em R$ 3,775 trilhões), um crescimento de 2,4 pontos percentuais em comparação a março de 2010.
Inadimplência - De acordo com o levantamento da Anef, a inadimplência acima de 90 dias para o CDC segue a tendência dos últimos meses e apresentou uma leve queda no primeiro trimestre. O índice baixou de 4% para 3% comparado com os três primeiros meses de 2010. Os planos de financiamento mantiveram a média de 44 meses.
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