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Cartões para todos os tipos de clientes
11/12/2007 às 10h01
jornal Diário do Comércio (SP) 10/12/2007 - Adriana Gavaça | |
A cada dia, as empresas de cartão de crédito colocam um número maior de plásticos à disposição dos clientes. São produtos com os mais diversos apelos — desde o social, como os que revertem parte da anuidade para instituições de caridade, até os voltados a segmentos específicos, como o de viagens. Hoje já não é difícil o cliente se deparar com mais de 200 opções de modelos em uma única administradora. Tanta diversidade permite que o cartão seja quase personalizado, mas muitos consumidores podem ficar perdidos na hora de escolher. "Ainda serão criados mais cartões para diferentes perfis e necessidades. Hoje é difícil encontrar um segmento em que a indústria ainda não esteja presente. Mas acredito que há espaço para produtos de baixa renda e também para o cliente de altíssima renda, que é muito exigente", diz a superintendente de produtos de cartões do Banco Real, Regina Botter. Uma dica da executiva para quem pretende contratar um cartão é estabelecer muito bem o perfil de uso e as características pessoais, porque isso é o que, muitas vezes, definirá o preço do produto. Há, por exemplo, desde plásticos com anuidade reduzida para universitários até cartões cuja fatura já vem com valor de pagamento predeterminado. No Real, os universitários levam para casa, além do cartão convencional, um modelo em tamanho mini, grátis. Outra novidade do banco é o cartão Real Conquista. O plástico tem como diferencial a fatura com valores parcelados. "O cliente recebe em casa a fatura com todas as opções de parcelamento calculadas com os juros", diz. Parcelamento — O Bradesco também decidiu investir em um cartão com parcelas fixas — o Bradesco FixCard —, justamente para atender a um perfil específico de cliente. "Sentíamos que havia a necessidade de um produto que permitisse ao cliente dizer quanto quer pagar por mês e nós dividimos esse valor de acordo com os seus gastos", afirma o superintendente de aquisições da Bradesco Cartões, Marcelo Frontini. Além da facilidade no parcelamento, os juros são outro diferencial. O Bradesco cobra 4,9% de encargos no crédito rotativo do FixCard, ante um valor médio mensal de 11%, utilizado pelo mercado por um cartão similar. Ao lado dos cartões voltados exclusivamente para determinados perfis, como o universitário, o formado por pessoas que querem pagar parcelas fixas e os aposentados, entre outros, existem os chamados cartões clássicos ou tradicionais, cujo diferencial está na renda mensal do contratante. São cartões que, geralmente, partem do modelo mais popular, de uso exclusivo em solo nacional (caso em que a renda exigida muitas vezes é de apenas um salário mínimo), até os chamados platinum, em que a renda solicitada do cliente pode ser superior a R$ 20 mil mensais. A anuidade é menor para os mais populares e mais alta para os clientes que estão no topo da pirâmide (veja quadro) . Mas, mesmo nesse caso, os valores podem ser negociados de acordo com o relacionamento do cliente com o banco. No Banco do Brasil, por exemplo, as taxas de anuidade são calculadas em todos os cartões de crédito de acordo com o relacionamento do cliente com o banco. Quanto mais produtos e serviços ele contratar, menor será o valor pago. A superintendente do Real concorda que essa é ainda a maneira mais fácil de se conseguir o melhor preço de cartão. "Sem dúvida, um consumidor que já é cliente do banco terá mais vantagens do que um que ainda não é", afirma. Além do preço, os benefícios associados ao cartão são outro item a que o cliente deve prestar atenção antes de se decidir por qual modelo irá colocar na carteira. "Nos cartões que chamamos de top de linha, como os Infinite, existe um programa completo de benefícios, que agrega, por exemplo, cobertura médica hospitalar fora do Brasil e seguro viagem contra acidentes aéreos, entre outros", diz Regina. Também para os clientes de alta renda, os valores das taxas de juros por atraso no pagamento da fatura são, em geral, menores. No banco Real, os encargos podem variar de 5%, nos cartões de clientes de maior renda, até 11% para os cartões mais populares.
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