Metodologia usada é diferente da chamada 'recessão técnica'. Relatório sugere que recessão teria duração de pelo menos 4 trimestres.O Brasil entrou em recessão desde o segundo trimestre de 2014, segundo um relatório da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgado nesta terça-feira (4). No estudo, o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) aponta que houve um pico no ciclo de negócios brasileiro no primeiro trimestre do ano passado, que representou o fim de 20 trimestres de expansão econômica – que havia se iniciado no segundo trimestre de 2009. Definições de recessão A definição de recessão usada no relatório é diferente da chamada recessão técnica. Esta última é caracterizada por dois trimestres consecutivos de contração no Produto Interno Brasileiro (PIB) – por esta definição, a última recessão foi registrada no início de 2009. Já o Codace define como recessão a "fase cíclica marcada pelo declínio na atividade econômica disseminada entre diferentes setores econômicos". Por essa metodologia, o comitê aponta, que desde o início da recessão até o primeiro trimestre deste ano, houve uma taxa média de contração de 1,1% em termos anualizados. Duração da recessão Ainda de acordo com o relatório, a taxa de contração da economia sugere que a extensão da atual recessão seria de pelo menos quatro trimestres. O tempo é mais longo que a duração média das cinco recessões anteriores: a última, vista durante a crise financeira internacional, durou dois trimestres, de outubro de 2008 a março de 2009. A anterior a esta teve igual duração, do primeiro ao segundo trimestres de 2003.
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