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BC vê mais concentração na captura de cartões de credito do varejo

12/06/2015 às 15h53

Houve um aumento na concentração do mercado de captura de cartões de credito ao longo de 2014, segundo o Relatório de Vigilância do Sistema de Pagamento Brasileiro, divulgado hoje pelo Banco Centra (BC).

O índice de concentração dos dois maiores credenciadores aumentou de 88% em 2013 para 90% um ano depois. “Um motivo foi a migração dessa atividade no arranjo Hipercard para a Rede [ex-Redecard, do Itaú Unibanco]. A despeito do aumento na concentração desse mercado, verifica-se que a média das taxas de desconto praticamente não se alterou no período”, diz o relatório.

A concentração dos quatro maiores emissores de cartão de crédito também aumentou, indo de 77% em 2013 para 81% no ano seguinte. Nas emissões de cartões de débito, registrou-se queda de 1 ponto percentual na concentração, para 81%.

O crescimento do mercado de pagamentos com cartão de débito em 2014 foi praticamente igual ao verificado nos últimos seis anos, enquanto o uso do cartão de crédito se expandiu a taxas menores, segundo o relatório. No documento, não há dados abertos por setor.

O BC também aponta avanço na segurança no uso de cartões, uma vez que o percentual das transações capturadas mediante a leitura da tarja magnética reduziu-se de 14% para 5%. Já o percentual do valor das transações capturadas mediante o acesso ao chip foi de 77% em 2014. “Isso representa um avanço em segurança, já que as transações presenciais baseadas no acesso ao chip são mais seguras do que aquelas que utilizam a leitura da tarja magnética”, escreve o BC.

A autoridade monetária também nota que 17% das transações com cartão de crédito foram feitas de forma não presencial, como no comércio eletrônico ou por telefone. O BC observa que a indústria deve realizar esforços para mitigar o aumento dos riscos com esse tipo de transação — menos seguras que as de cartão presente—, sem, contudo, “onerar em demasia o comércio e, por conseguinte, os consumidores”.

Enquanto o cartão segue avançando, o uso do cheque continua em queda, com redução de 10% em 2014. A queda se concentra nas transações de baixo valor, resultando em aumento de 8% no valor médio por cheque, de R$ 2.414 em 2014.

O documento também avalia o funcionamento do sistema de pagamentos como um todo, faz um balanço das ações de inspeção e avaliação e lista ações, progressos e pontos a melhorar em política como arranjo de pagamentos, uso de terminais de autoatendimento e outros.

No acompanhamento do risco operacional dos sistemas de pagamentos, que abrange o índice de disponibilidade, as falhas ocorridas e a utilização da capacidade nos sistemas que liquidam em tempo real, o BC aponta que a disponibilidade dos sistemas apresentaram índices superiores à meta estabelecida em regulamento.




     


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