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BC descarta existência imobiliário brasileiro de bolha no mercado Imobiliário brasileiro
13/05/2015 às 13h02O diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Anthero Meirelles, afastou a existência de uma bolha no mercado imobiliário brasileiro. “Não tem elementos que possam caracterizar bolha imobiliária”, disse durante entrevista para apresentar o Relatório de Estabilidade Financeira (REF). Segundo Meirelles, o mercado brasileiro não tem crédito “subprime” no setor (ou seja, financiamentos habitacionais concedidos sem critério a quem não teria condições de honrálos),e não há ocorrência, de forma relevante, de um mesmo comprador pagando por vários imóveis de fato, 90% das compras são para moradia. Fora isso, disse ele, houve forte elevação da renda das famílias e o crédito imobiliário como proporção do PIB, que gira ao redor de 8%, ainda é muito baixo em comparação com outros países. “Não tem elementos de bolha”, disse. “O perigo é um movimento descontrolado resultar em bolha, mas não temos isso nos imóveis e em qualquer outro mercado de ativos”, disse Meirelles. No relatório apresentado hoje, o BC apresentou um estudo para avaliar qual seria o impacto de uma queda acentuada e repentina no preço dos imóveis sobre o sistema financeiro. E o resultado, considerando um cenário parecido com o visto na crise dos EUA de queda de 30% nos preços, aponta que todos os bancos teriam condições de lidar com a alta da inadimplência e a queda das garantias, sem ficar insolventes. Segundo Meirelles, o BC sempre acompanha essa discussão envolvendo o preço dos imóveis e “responde com testes robustos e simulações” como a apresentada neste relatório. Ele também foi questionado sobre a avaliação de alguns especialistas de que a Copa do Mundo e outros grandes eventos poderiam influenciar o preço dos imóveis. Para Meirelles, esse impacto da Copa está exacerbado, basta levar em consideração que ninguém vai comprar um imóvel para a ver a Copa, por exemplo. Ainda sobre o comportamento de preços, Meirelles acredita que a moderação no ritmo de valorização, movimento que se observa desde o ano passado, deve continuar. “Pode se vislumbrar uma maior estabilização no preço dos imóveis”, disse, apontando que a valorização já se reduziu bastante e mostra comportamento mais comedido e compatível com o crescimento da renda da população.
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