A expectativa é de que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fique em 10,44% em 2015, a décima segunda alta seguida. A previsão anterior era de 10,38%. A estimativa fica muito acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é controlar a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos para mais ou menos (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).
Para o PIB (Produto Interno Bruto), os analistas pioraram a previsão feita na semana passada, de queda de 3,19%. Agora, eles estimam que a redução da economia será de 3,5%. Para 2016, a previsão de queda é de 2,31%.
Em relação ao dólar, a previsão de R$ 3,95 no final de 2015 foi mantida.
Taxa de juros
Após o Banco Central afirmar que tomará as medidas necessárias para controlar a inflação, a perspectiva para a taxa básica de juros é de manutenção em 2016, e não mais de queda.
De acordo com o BC, os economistas consultados elevaram a estimativa para a Selic a 14,25% ao ano, ante 14,13% na mediana das projeções da semana anterior.
Segundo o levantamento, a taxa deve permanecer no nível atual até janeiro de 2017, quando teria início um ciclo de afrouxamento monetário.
Para 2015, a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) neste ano para definir a taxa de juros já aconteceu. Ela foi mantida em 14,25%
Entenda o que é o boletim Focus
Toda segunda-feira, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país. Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros. Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.
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