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Agilizar as liberações de crédito é desafio de bancos
A demora na aprovação dos financiamentos esteve entre as principais reclamações das empresas de máquinas e implementos agrícolas na última Expointer
Fonte: Jornal do Comércio - 08/03/2016 às 09h03 Na época, os relatos apontavam para esperas de até 100 dias, especialmente para colheitadeiras e tratores de alta potência, o que atravancava os negócios. Na Expodireto, com o aumento da procura pelos bancos de fábrica, as instituições financeiras têm como desafio agilizar a liberação do crédito. A aposta, nesse sentido, está em trâmites menos burocráticos, presença de gerentes e especialistas na feira para manter contato direto com o agricultor e envio das solicitações via internet.
No caso do Banco do Brasil, a saída para tentar acelerar a disponibilização dos recursos da instituição é a Esteira Agro BB, sistema que realiza as propostas diretamente nas revendas pela internet, assim como o aplicativo BB na Expodireto. A intenção, com isso, é diminuir pela metade o tempo de contratação normal.
"O futuro do sistema de financiamento está nessas duas ferramentas, pois as revendas não precisam vir até o banco para protocolar os pedidos, centralizando as operações e aumentando a eficiência", afirma o gerente de Mercado Agronegócios do BB, João Paulo Comerlato, citando a esteira e o aplicativo. Embora não divulgue o montante com o qual o banco trabalha nessa edição da Expodireto, Comerlato tem confiança que será o necessário para atender à demanda para compra de máquinas, sistemas de irrigação e armazenagem.
Com objetivo de reforçar sua atuação no agronegócio, o Santander promete R$ 250 milhões em crédito pré-aprovado durante a feira. O volume de recursos é quase o triplo dos R$ 90 milhões em empréstimos negociados pelo banco nas três últimas edições. De acordo com o superintendente executivo de Agronegócios do Santander, Carlos Aguiar, a instituição está diminuindo os trâmites burocráticos para concessão de financiamentos do setor, sendo que, em 2015, o tempo necessário para liberação teria caído 40%.
O Sicredi e o BRDE optaram por manter a quantidade disponibilizada no evento do ano passado: respectivamente, R$ 220 milhões para linhas voltadas à máquinas e equipamentos, sistemas de irrigação e fomento às cadeias produtiva; e R$ 160 milhões, para comercialização de colheitadeiras, tratores e implementos. O Badesul tampouco impõe um valor máximo, mas trabalha com o objetivo de liberar em torno de R$ 100 milhões.
O Banrisul, que, na edição de 2015, movimentou R$ 240 milhões, projeta que, neste ano, o volume de crédito concedido será um pouco menor por conta do cenário recessivo. Porém, o diretor de crédito da instituição, Oberdan Celestino de Almeida, sustenta que o banco está preparado para atender toda a demanda que surgir e que for aprovada. Segundo Almeida, o agronegócio permanece como setor que tem as melhores perspectivas de resultados econômicos, com o menor nível de inadimplência entre os tomadores de crédito.