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Profissionais que já atuam no setor, contudo, terão três anos para se certificarem, conforme explica a Aneps
A partir de julho, os profissionais de crédito, como os promotores de crédito pessoa física, deverão ter certificação para atuar no País.
A medida, de acordo com a Aneps (Associação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços ao Consumo), atende a nova regulamentação do Banco Central (Resolução 3.954/11, alterada pela Resolução 3.959/11), que pretende normatizar a qualificação destes profissionais, estabelecendo padrões de governança a serem cumpridos e tornando, dessa forma, a operação mais segura e transparente para o consumidor.
“Com a democratização do crédito e o fim da informalidade nesse mercado quem ganha é o consumidor, que terá seus direitos preservados, além de verificar um ganho de qualidade significativo nas operações de crédito”, avalia o presidente da Associação, Luis Carlos Bento.
Certificação
Os profissionais que já atuam no setor terão três anos para se certificarem.
O certificado será obtido por meio de uma prova que irá avaliar temas como ética nos negócios – incluindo o Código de Defesa do Consumidor -, produtos e serviços, fundamentos do mercado financeiro, e sistema financeiro nacional.
Em um primeiro momento, para participar da prova, o profissional terá que comprovar formação escolar (4ª série ou, hoje, 5º ano do ensino fundamental) e aceitar o Código de Ética e Conduta da Aneps. Estes requisitos, segundo Bento, podem mudar com o passar do tempo. A prova custará R$ 250 e a certificação terá que ser renovada a cada três anos.
Para quem não conseguir passar na prova e para aqueles que desejam começar na profissão, haverá um curso à distância de capacitação profissional, realizado pela ABBC (Associação Brasileira de Bancos).
De acordo com a entidade, o curso, que também será disponibilizado em julho, terá duração de nove horas e abordará assuntos como educação financeira, produtos financeiros, ética, defesa do consumidor, negociação e vendas, riscos, e legislação e regulação. O preço ainda não está definido.
Promotor de crédito
Segundo dados do BC, atualmente, existem no Brasil mais de 200 mil promotores de crédito. Conforme explicação do presidente da Aneps, esses profissionais fazem uma ponte entre a empresa promotora de crédito e o consumidor final, oferecendo empréstimos a taxas atrativas para estes últimos. Vale lembrar, contudo, que, ao contrário do que muitos pensam, esta é uma profissão descaracterizada da atividade bancária, ou seja, quem a exerce não é um bancário.
Ainda na opinião de Bento, o trabalho de promotor de crédito pode ser uma oportunidade para quem está inciando no mercado do trabalho. “Apesar do alto número de profissionais, ainda há muito espaço para quem quer se tornar promotor, sendo uma oportunidade para que m está começando a vida profissional, bem como para aqueles que já se aposentaram”.
Dentre as competências exigidas para quem quer trabalhar no setor, destacam-se a facilidade de relacionamento com o público, disposição, iniciativa e conhecimento básico de finanças.
No que diz respeito ao salário, em início de carreira, este pode variar de R$ 600 a R$ 1 mil, fora as comissões. |