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Ministro participou de solenidade em comemoração aos 40 anos da Esaf. Ele conversou com jornalistas ao final do encontro, em Brasília.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, classificou na manhã desta terça-feira (28) o cenário atual, de alta do dólar, como uma “turbulência passageira”. A afirmação foi após solenidade em comemoração aos 40 anos da Escola de Administração Fazendária (Esaf), em Brasília. “Eu acredito que a turbulência do momento, evidentemente, é passageira e também acredito que a economia vai retomar o caminho de crescimento”, disse, ao ser questionado por jornalistas sobre a elevação da moeda norte-americana.
Nesta terça (28), o dólar passou dos R$ 3,40 pela primeira vez em 12 anos, em meio a preocupações com a situação fiscal brasileira e à expectativa de alta dos juros norte-americanos. O ministro também voltou a defender as medidas do ajuste fiscal como essenciais para a o desempenho da economia. E disse que o governo vai intensificar o diálogo com o Congresso Nacional para aprová-las.
“Vamos fazer todos os esforços e alinhando entendimentos com o Congresso para garantir uma previsibilidade fiscal que dê tranquilidade também à dinâmica da dívida. Nós temos uma dívida relativamente grande em que nós temos que estar atentos à sua trajetória. Para isso, temos que tomar decisões no campo fiscal, no campo do gasto, darmos sinalizações que sejam favoráveis à tranquilidade dos mercados”, completou.
Durante a solenidade, que reuniu autoridades, professores e alunos, o ministro afirmou ainda que a excelência tem que ser a marca do Brasil, em referência à formação oferecida pela Esaf. Levy disse também que o momento atual exige novos caminhos para o crescimento porque “o mundo mudou”. “Nós até agora evitamos uma crise, mas o mundo tem desafios”, afirmou, citando como exemplo as dificuldades enfrentadas atualmente pela China. Protestos A participação na cerimônia da Esaf, incluída na última hora na agenda oficial do ministro, se deu no mesmo momento em que representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) protestavam em frente ao Ministério da Fazenda. O ato reúniu centenas de pessoas contrárias à política econômica do governo Dilma e à possível elevação da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (29).
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