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Imprensa
Open Co recebe aporte de R$ 150 milhões

A Open Co, companhia que nasceu neste ano a partir da fusão entre as fintechs Geru e Rebel, recebeu um aporte de capital de R$ 150 milhões, em rodada série C liderada por IFC e Goldman Sachs. Os recursos devem ser usados principalmente para investimento em tecnologia e novos produtos.
 
Desde que foram criadas, Geru e Rebel já originaram mais de R$ 1,5 bilhão em crédito e esperam conceder mais R$ 1 bilhão só neste ano - juntas, elas têm quase 100 mil cliente ativos. Apesar da fusão, as marcas vão continuar separadas.
 
Segundo Sandro Reiss, cofundador da Open Co, mesmo com ambas atuando no mercado de crédito pessoal sem garantia, os clientes têm perfil muito distinto. Na Geru geralmente são pessoas um pouco mais velhas, já com bastante acesso a crédito, mas que apreciam o modelo totalmente digital da fintech. Já na Rebel os clientes são mais jovens, com comportamento financeiro visto pelo mercado como de risco mais alto.
 
“Na Geru sempre usamos muita ciência de dados e tecnologia para oferecer taxas de juros mais baixas, em um modelo de negócios sustentável. A Rebel também faz isso, mas com um modelo diferente, usando a lógica do open banking, então temos uma sinergia enorme em juntar as duas empresas.”
 
Mais do que economia de gastos, a fusão entre as duas deve gerar ganhos de tecnologia, já que uma poderá aproveitar projetos que já estavam mais adiantados na outra, e também trará vantagens na estrutura de financiamento. “Juntos, estaremos muito mais bem equipados não só para acompanhar, como para ser um agente de transformações no mercado”, afirma Reiss.
 
O executivo reconhece que 2020 não foi um ano de crescimento para Geru e Rebel, em função dos efeitos da pandemia. Este ano começou em um ritmo melhor, mas a recente acentuação da curva de casos no país traz preocupação. O executivo acredita em uma retomada mais firme da atividade no segundo semestre, com o avanço da vacinação, e diz que, mesmo com uma estratégia um pouco mais conservadora de crescimento, é possível gerar R$ 1 bilhão em crédito, conforme estimativa para este ano, o equivalente a três vezes o originado no ano passado.
 
A Open Co não detalha números de faturamento e lucro, mas admite que ainda não atingiu o “breakeven”. “Nós temos uma relação rentável com os clientes, mas as empresas de tecnologia estão sempre investindo. Não vamos atingir o breakeven neste ou no próximo ano. Se em qualquer momento eu parar de crescer, entro em breakeven no período seguinte. Mas temos planos muito ambiciosos de crescimento, não vamos buscar o equilíbrio agora”, afirma.
 
Sobre um eventual IPO, Reiss afirma que esse seria um caminho natural, mas que vai depender muito das condições da companhia e de mercado na hora em que se discutir a próxima capitalização. “Acessar os mercados de capitais é um tema que não nos assusta. Já fizemos nove operações de securitização e temos uma área de relações com investidores.”
 
Além de Goldman e IFC, fazem parte da rodada de aporte a Raiz Investimentos, além de Monashees, LTS, Chromo e Sampa, que já tinham participado de investimentos anteriores na Geru e na Rebel. “Permanecemos otimistas com o potencial do mercado de fintechs no Brasil e estamos felizes em fazer parte da história da Open Co”, diz em nota Brian Levin, membro da área de investimentos estruturados do Goldman Sachs.
 
Já Carlos Leiria Pinto, gerente geral da IFC no Brasil, diz que a estratégia da entidade para o setor financeiro na América Latina inclui apoiar a inclusão financeira, alavancando tecnologias digitais e modelos de negócios inovadores, como o da Open Co. “Players que estão na liderança desse setor podem desempenhar um papel importante em melhorar o acesso aos serviços financeiros no Brasil.”

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