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Imprensa
Lucro do Banco do Brasil quase dobra no primeiro trimestre e vai a R$ 2,5 bi

RIO - O Banco do Brasil quase dobrou seu lucro recorrente do primeiro trimestre deste ano, com sua campanha de corte de custos já surtindo efeitos nas despesas administrativas, além de reduzir as provisões para perdas com calotes, mas a retração no crédito contribuiu para um salto no índice de inadimplência.

 

O banco anunciou nesta quinta-feira lucro líquido ajustado (que exclui fatores não recorrentes) de R$ 2,515 bilhões de janeiro a março deste ano, com crescimento de 95,6% em 12 meses frente ao R$ 1,286 bilhão registrado no mesmo período de 2016. Considerando fatores não recorrentes (itens extraordinários), o lucro líquido foi de R$ 2,443 bilhões, resultado 3,6% superior aos R$ 2,359 bilhões em igual período de 2016.

 

Segundo a instituição, as rendas de tarifas de administração de fundos e de contas correntes, foram respectivamente maiores em 29,3% e 11,3% frente ao primeiro trimestre de 2016. O banco destaca ainda a redução das despesas financeiras de captação e institucional e a maior recuperação de crédito verificada em um primeiro trimestre nos últimos cinco anos.

 

A despesa de pessoal, por sua vez, caiu 10,2% e as outras despesas administrativas reduziram em 9,1%, na comparação ao trimestre imediatamente anterior. O banco afirma que a queda foi “fruto do rígido controle de gastos e da reorganização institucional, anunciada em novembro/16”.

 

Naquele mês o BB lançou um plano de aposentadoria incentivada, que teve adesão de 9.409 empregados. Para aderir, o funcionário já deveria estar aposentado pela Previdência Social ou ter 50 anos de idade e, no mínimo, 15 anos de trabalho no banco. Por meio do plano, o banco concedeu incentivo de desligamento correspondente ao valor de 12 salários, além de indenização pelo tempo de serviço, que varia de um a três salários, a depender do tempo de banco (entre 15 e 30 anos completos).

 

Além disso, o presidente do BB, Paulo Caffarelli anunciou medidas de reestruturação, como fechamento de agências, ampliação do atendimento digital, redução de jornada de trabalho e o plano de aposentadoria incentivada. O plano prevê a abertura, ainda em 2017, de mais 255 unidades, entre escritórios e agências digitais, que irão se somar às 245 já existentes. Essas unidades atendem 1,3 milhão de clientes, com expectativa de chegar a 4 milhões até o final de 2017.

 

O resultado também foi apoiado por um recuo de 26,6% sobre um ano antes e de 10,3% na base sequencial na provisão para perdas com calotes, para R$ 6,7 bilhões. O dado pode indicar que o BB espera melhora do perfil da sua carteira nos próximos meses.

 

Melhora que não aconteceu no primeiro trimestre. Ao contrário, o índice de atrasos superiores a 90 dias atingiu 3,89%, um salto em relação aos 2,59% de um ano antes. No fim de 2016, o índice era de 3,29%.

 

Esse movimento refletiu em parte a retração de 11,4% na carteira total de financiamentos do BB em 12 meses, para R$ 688,7 bilhões no fim de março. A carteira ampliada orgânica interna, que referencia a previsão do banco para 2017, caiu 9,2% em 12 meses, a R$ 633,3 bilhões.

 

Segundo o balanço do primeiro trimestre deste ano, a carteira de crédito a pessoas físicas encerrou com saldo de R$ 172,1 bilhões e crescimento de 1,8% em 12 meses. As linhas de menor risco (Crédito Consignado, CDC Salário, Financiamento de Veículos e Imobiliário) correspondem a 75,9% do total da carteira. Destaque para o CDC Consignado e Financiamento Imobiliário, com saldo de R$ 105,1 bilhões e crescimento de 4,0% nos últimos 12 meses.

 

O Itaú, maior banco do país, viu seu lucro chegar a R$ 6,052 bilhões no trimestre passado, uma alta de 16,7% ante igual período de 2016. O Bradesco teve um lucro de R$ 4,071 bilhões, com leve queda de 1,2%, por conta das despesas com a compra do HSBC, mas sem esse efeito o resultado chegou a R$ 4,648 bilhões (alta de 13%). No Santander, o lucro saltou 50,4%, para R$ 1,824 bilhão.

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