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Startup de empréstimo Bxblue recebe aporte de R$ 38 milhões
A Bxblue, fintech de empréstimo consignado, anunciou na última semana o recebimento de um aporte de R$ 38 milhões, liderado pela Igah Ventures, com participação da Iporanga Ventures, FJ Labs e Funders Club. A startup já intermediou mais de R$ 500 milhões em contratos de empréstimo consignado.
Com o investimento, a Bxblue quer expandir seus produtos para operações que ainda não realiza, como a portabilidade e cartão de crédito consignado, por exemplo. Além disso, a startup também quer aumentar a equipe para investir com mais afinco nas atividades da empresa. Hoje, a empresa trabalha com quatro bancos, mas quer expandir esse número para até 10 instituições até o final do ano.
“Resolvemos ir atrás do aporte quando chegamos a conclusão que tínhamos um negócio que estava pronto para escalar. Achamos que provamos o que tínhamos de provar e era hora de expandir nesse mercado. A gente tinha que mostrar que era fácil para o usuário, que era cômodo e mais seguro”, afirma Gustavo Gorenstein, presidente e fundador, em entrevista ao Estadão.
Fundada em 2017, a fintech quer se estabelecer no mercado de crédito consignado com o objetivo de facilitar a conexão entre o cliente e os bancos. Para utilizar os serviços da fintech, o cliente — funcionário público ou aposentado pelo INSS — pode entrar na plataforma, pesquisar pelo serviço escolhido e acessar as indicações compatíveis dos bancos que oferecem o serviço.
A partir daí, o cliente faz todo o trâmite do empréstimo diretamente com o banco. Gorenstein afirma que a fintech fica com uma porcentagem do negócio paga pelo banco, e que não há custos para o cliente. A plataforma, segundo ele, funciona como um buscador de condições para quem quer fazer o empréstimo.
“Fazemos um match dele com todos os roteiros dos bancos, porque cada um tem uma regra diferente para emprestar. Nós vemos o que tem em cada banco e apresentamos para o usuário na plataforma”, explica.
Nesse sentido, a intenção de ampliar os serviços é uma prioridade para a empresa, afirma Gorenstein. A reincidência de empréstimos feitos pelo mesmo cliente chega a 20%, e a startup quer ainda ampliar esse número no futuro.
“A gente só furou a bolha, só mostrou que é possível que o usuário pegue um consolidado online e com segurança, mas a gente tem que expandir para mais operações. No ano passado, crescemos cerca de 30% ao mês, achamos que provamos o que tínhamos de provar e era hora de expandir nesse mercado”.
Para 2021, a meta de aumentar a equipe já é uma realidade para a fintech, que trabalha 100% remotamente desde a fundação. A empresa já tem vagas abertas em áreas como tecnologia, marketing e operações e pretende contratar o dobro de funcionários que possui hoje — a startup que pular de pouco mais de 50 para mais de 100 funcionários neste ano. As vagas estão disponíveis no site da empresa.