Clipping
Otimismo do trabalhador sobe em relação a renda e carreira, mas cai quanto à manutenção do emprego, diz pesquisa
O Índice de Confiança do Trabalhador no Brasil da rede social profissional LinkedIn, que mede o otimismo quanto à segurança no emprego, finanças e chances de progressão na carreira, atingiu 57 pontos em agosto, aumento sobre julho (54) e junho (51). A escala vai de -100 a +100.
Entre julho e agosto, o otimismo subiu em relação à chance de progressão na carreira e perspectiva financeira, ambas com aumento de 5 pontos. Já a segurança quanto ao próprio emprego teve queda de um ponto.
A confiança também varia de acordo com o gênero: as mulheres registraram 59 pontos, contra 57 no caso dos homens. Elas estão mais otimistas sobretudo no que se refere às perspectivas financeiras, com quatro pontos à frente deles.
Embora mais confiantes, as mulheres afirmam ter sofrido mais o impacto emocional da pandemia: 70% delas sentiram mais estresse e ansiedade, contra 46% entre os homens.
O levantamento foi feito entre 27 de julho e 23 de agosto com 1.617 profissionais cadastrados na plataforma.
Desafios do home office
Ainda de acordo com o estudo, homens e mulheres estão dividindo esforços para equilibrar cuidados com filhos, casa e trabalho durante a pandemia, mas muitos estão trabalhando fora do padrão ou dizem ter menos tempo disponível para cumprir com todas as tarefas.
Entre os profissionais com filhos em casa durante a quarentena, 68% afirmam dividir tarefas com outra pessoa para conciliar o trabalho e o cuidado com as crianças.
Quase metade dos pais brasileiros (46%) dizem ter dificuldade para se concentrar no trabalho com filhos em casa. Entre as mulheres, o índice é de 40%. Sobre o desafio de mantê-los ocupados o tempo todo, os mais afetados são os homens (70%). Já entre as mulheres, o índice é de 58%.
Cerca de 10% das mães disseram não contar com apoio do empregador para trabalhar em turnos ou com horários flexíveis para cuidar da família. Apenas 4% dos pais afirmaram o mesmo.
Em relação às áreas de atuação, os profissionais das áreas de saúde, desenvolvimento de negócios e vendas são os mais confiantes, com 64 pontos. Os menos otimistas, com 48 pontos, são os que trabalham com Tecnologia da Informação (TI).