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O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) publicou na semana passada uma resolução recomendando que a Secretaria

Fonte: Valor Econômico - 08/09/2020 às 12h09

A Guide Investimentos vai começar a ofertar crédito para seus clientes com base na garantia das aplicações que mantêm na plataforma. Para estrear o novo serviço, em vez de usar uma estrutura bancária a empresa selou um acordo com a Nobli, fintech testada no laboratório de inovação do Banco Central (BC) e que foi criada com o objetivo de fazer operações de empréstimos lastreadas por investimentos, com base na tecnologia do “blockchain”.

Com a queda dos juros e a tendência do investidor de planejar a carteira para um horizonte de longo prazo, faltava assegurar que, se precisasse, teria acesso aos recursos, afirma Felipe Steinfeld, diretor de wealth management da Guide. Ele cita que se antes dava para deixar uma parcela grande em ativos de renda fixa líquidos, hoje, ao se descontar a inflação de uma taxa de juros na casa de 2%, o resultado vai ser negativo.
 
“Quanto menos recursos o investidor mantiver em ativos líquidos, com juros baixos, melhor. A longo prazo, o rendimento composto faz uma diferença grande”, afirma Steinfeld. “Mas se houver necessidade, por uma despesa inesperada ou para aproveitar uma oportunidade com a retomada das ofertas de mercado de capitais, o investidor terá algo com que poderá contar ".

Não é uma fonte para ser usada como crédito tradicional, mas uma ferramenta que auxilia o investidor a montar o portfólio da melhor maneira, prossegue o executivo. Dada a garantia dos investimentos, os custos das operações tendem a ser atrativos.
 
Um piloto começou a ser feito com clientes que têm investimentos em CDB e letras de crédito imobiliário e do agronegócio (LCI e LCA), afirma Fernanda Giulietto, chefe da área de marketing da Guide. As taxas contratadas foram, na maior parte dos casos, a partir de 0,6% ao mês, em operações com prazo relativamente curto, de dois a três meses.
 
A Nobli foi fundada em 2019 por Regio Martins, que foi executivo de produtos da B3. Ele submeteu seu projeto ao Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift) do Banco Central. A empresa nasceu com a proposta de ofertar crédito baseado em investimentos independentemente de onde estejam os recursos. Ainda na fase pré-operacional, a novata de tecnologia financeira ganhou aporte da gestora Redpoint eventures, que reuniu fundos do Vale do Silício para criar uma carteira dedicada ao Brasil.
 
Em fevereiro, a XP colocou no ar o seu “resgate express”, como um dos primeiros produtos resultantes da sua licença bancária obtida no ano passado. A operação é um adiantamento dos recursos que por alguma razão tenham restrição de liquidez nos fundos investidos. Para resgates de até R$ 10 mil, o custo é o CDI proporcional do período, e para valores acima disso, as taxas variam progressivamente, de 0,4% a 0,8% além do referencial.
 
Outras plataformas de investimentos têm nos seus planos incluir uma oferta de crédito. BTG Pactual Digital e Banco Modalmais já vêm testando cartões de crédito, e tendem a ampliar a oferta de serviços bancários típicos em breve. Bancos como Itaú e Santander também já colocaram na sua rede o crédito garantido pelas aplicações, com taxas que partem de 0,63% ao mês.
 
O serviço na Guide estará disponível a partir de hoje e a ideia é, aos poucos, abrir para outros ativos, como títulos públicos, ações e até cotas de fundos de investimentos, afirma Steinfeld. O cronograma prevê ter uma oferta completa até 2021.
 
Em um primeiro momento, o funding vem de um fundo de investimentos em direitos creditórios (FIDC) já disponível no mercado. O executivo não abre qual é o portfólio de recebíveis, mas diz não esperar uma situação de escassez de recursos dado que o portfólio assegura ao investidor um retorno na casa de 7,5% ao ano, numa operação 100% garantida e com um colateral extra de 20%.
 
“O que provavelmente faria numa situação dessas é trazer outros FIDCs que já demonstraram interesse.” No futuro, ele afirma que a própria Guide pode ter uma estrutura dessas para alimentar as operações de crédito.
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