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Mercado aumenta previsão de inflação para 8% em 2021 e revisa para baixo a alta no PIB
Os agentes do mercado financeiro continuaram aumentando suas previsões para a inflação neste ano, para 8%, e 2022, para 4,03%. Os números estão no relatório Focus, que reúnes as expectativas de mercado, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira.
Na semana passada, a mediana no mercado era de alta de 7,58% para este ano e 3,98% para o ano que vem. As expectativas vem subindo semana após semana por conta de várias incertezas que o mercado vê à frente, como a crise hídrica,a questão dos precatórios e a continuidade da pressão inflacionária mostrada pelo IBGE.
Para 2021, a meta de inflação é de 3,75% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p) para cima ou para baixo. Ou seja, em 8% a inflação superou o teto dessa meta. Já para o ano que vem, a meta é de 3,5%, o que mantém as projeções dentro do intervalo de tolerância. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem dito que vai fazer o que for necessário para levar a inflação para a meta.
Em direção contrária da inflação, as expectativas para o crescimento do país em 2021 caíram pela quinta semana seguida. O mercado espera uma alta de 5,04% contra um crescimento de 5,28% esperado há um mês.
Para 2022, o movimento é o mesmo. A atual projeção é de crescimento de 1,72%. Quatro semanas atrás, era de 2,04%.
Já para as expectativas para a taxa básica de juros, a Selic, e para o câmbio também vem subindo. Há um mês, o mercado esperava que a Selic ficasse em 7,5% este ano e em 2022. A projeção subiu para 8% nos dois anos.
A Selic está em 5,25% ao ano e o BC já sinalizou que deve subir a taxa em 1 ponto percentual na próxima reunião, que acontece na semana que vem.
A taxa de câmbio esperada para o fim do ano é de R$ 5,20, sendo que quatro semanas atrás era de R$ 5,10. Atualmente, o dólar está em R$ 5,21.