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Clipping
Loft compra CrediHome para crescer em crédito imobiliário, que vive onda de recordes

Fonte: O Globo - 24/08/2021 às 10h08
Em cenário de recordes sucessivos na concessão de crédito imobiliário, a Loft comprou a CrediHome, fintech que conecta compradores às opções de financiamento oferecidas pelos bancos. Com a aquisição, a plataforma de compra e venda de imóveis passará a originar R$ 6 bilhões ao ano em crédito imobiliário e home equity (empréstimo que tem como garantia casas e apartamentos). O valor da transação não foi divulgado. 
 
Essa foi a terceira aquisição da Loft em menos de um ano para fortalecer sua presença na etapa financeira da transação imobiliária. Em julho, ela comprou a CredPago, que tem como carro-chefe um seguro-garantia que elimina o fiador nos aluguéis. O valor daquela transação também não foi divulgado, mas o BTG Pactual informou que recebeu o equivalente a R$ 1,4 bilhão — em dinheiro e ações da Loft — em troca de sua participação de 49% no negócio.
 
Em setembro, a Loft já havia adquirido a Invest Mais, que permite a simulação e a contratação de financiamento. 
 
A Loft tem dois negócios principais. Um deles é comprar, reformar e vender apartamentos. O outro é um marketplace por meio do qual proprietários colocam seus imóveis à venda no site. Desde o fim de 2019, a start-up também tem um braço de financiamento e home equity que surgiu da demanda dos clientes. 
 
No jargão de mercado, tanto Loft como CrediHome desempenham papel conhecido como “broker”, captando clientes que vão tomar crédito efetivamente nos bancos. Nesse segmento, competem com empresas como CrediPronto — joint-venture entre a imobiliária Lopes e o Itaú Unibanco — e Credimorar, da Brasil Brokers. Outro competidor é a Atta Franchising, que foi comprada há menos de um mês pelo Quinto Andar — plataforma que é a principal concorrente da Loft. 
 
— Com essa aquisição, ocupamos a liderança na originação de crédito imobiliário nos bancos. Nossas soluções são complementares, até em termos geográficos — disse Kristian Huber, cofundador e vice-presidente de negócios da Loft. — O principal foco é a experiência do usuário. Com o volume de originação que temos, conseguimos trabalhar com os grandes bancos para desenhar produtos que vão além do feijão-com-arroz do crédito imobiliário.
 
Fora do eixo Rio-SP
 
Metade da clientela da CrediHome está fora do eixo Rio-São Paulo, principal área de atuação da Loft. 
 
A CrediHome foi fundada em 2017 por Bruno Gama, que havia comandado a CrediPronto. A fintech acompanha o comprador de imóvel desde a simulação do financiamento até a assinatura da escritura. 
 
Ela está conectada a cerca de 15 instituições financeiras — entre elas todos os bancões — e, desde o fim do ano passado, está autorizada pelo Banco Central a oferecer crédito diretamente ao tomador. O principal foco desse novo braço é o home equity. A companhia diz ter 5 mil parceiros, como imobiliárias, corretores e assessorias especializadas, e 240 funcionários, alguns representando o site em cidades como Belém e Manaus. 
 
— A gente atua como uma espécie de concierge para o cliente, ajudando e digitalizando todas as etapas associadas à compra de um imóvel. O cliente pode entrar no nosso site diretamente ou usar nossos serviços por meio de parceiros que "embedam" nossa ferramenta nas suas páginas — conta Gama. 
 
A fintech vem registrando crescimento acelerado. No ano passado, a CrediHome originou R$ 1,2 bilhão em crédito, três vezes e meia o volume registrado em 2019. Este ano, já foram R$ 2 bilhões, e a meta é encerrar 2021 com volume total de R$ 3,5 bilhões. A start-up não cobra nada do cliente, mas recebe comissão dos bancos por cada financiamento intermediado. 
 
Pelo menos no curto prazo, a CrediHome vai continuar operando de maneira independente. Seus sócios vão virar acionistas minoritários da Loft, entre eles a Finvest, gestora que fez um aporte no início das operações da fintech. 
 
A Loft está financiando essa e outras aquisições com cheques levantados em sucessivas rodadas de captação. A mais recente foi em março, quando a start-up recebeu US$ 425 milhões e foi avaliada em US$ 2,2 bilhões — quase R$ 12 bilhões ao câmbio atual.

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