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Garantia do saque-aniversário do FGTS dá impulso ao crédito consignado
A criação da modalidade de saques anuais de parte do FGTS e o uso desses valores como garantia em empréstimos ajudaram a impulsionar o número de operações consignadas e baratearam o custo do crédito para os trabalhadores, diz a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, em nota técnica antecipada ao Estadão/Broadcast.
No acumulado do ano até julho, a média mensal de concessões de crédito consignado está em R$ 1,493 bilhão, acima do observado no ano passado (R$ 1,24 bilhão) e superior ao que era observado em 2014 (R$ 1,103 bilhão), antes do início das mudanças no mercado desse tipo de crédito.
A taxa de juros das operações de antecipação do chamado “saque-aniversário do FGTS”, por sua vez, fica pouco acima de 1% ao mês (1,09% no caso da Caixa), abaixo das taxas médias do consignado privado (2,18%) e do crédito pessoal sem garantias (5,25%).
Nas contas da SPE, considerando um valor médio de financiamento de R$ 1.248,98 e um prazo de três anos, o custo anual de financiamento seria de R$ 935 com um crédito pessoal não consignado, R$ 650 no consignado privado e R$ 506 na linha com garantia do saque-aniversário.
Desde 2020, os trabalhadores podem optar por fazer retiradas anuais de uma parte de seu saldo no fundo de garantia. Caso haja interesse de antecipar mais de um ano de saques, os trabalhadores podem contratar operações de crédito consignado com os bancos, a uma taxa de juros mais atrativa.