Clipping
Empresas temem falências e demissões
O descaso no combate à pandemia de covid-19 cobrou seu preço. Uma escalada de mortes pela doença em meio ao colapso generalizado da infraestrutura hospitalar no país levou a restrições mais duras de circulação. Com isso, empresas dos setores de serviços, comércio e indústria que começavam a pagar dívidas e a recuperar-se de prejuízos temem uma nova onda de fechamento de empresas, demissões e inadimplência. Todos pedem medidas de apoio, como prorrogação de linhas de crédito e suspensão temporária no pagamento de impostos, para enfrentar as consequências e as incertezas provocadas pela segunda onda da pandemia no Brasil.
Há também quem, como a Federação das Associações Comerciais de São Paulo, defenda lockdowns localizados, com “critérios para evitar sacrifícios além do necessário”.
Entidades ligadas ao comércio e serviços, em especial aqueles que dependem mais de circulação de pessoas, disseram temer pela sobrevivência das empresas. Em 2020 foram fechadas 75 mil, maior número desde recessão de 2016. A incerteza é tão grande que a Confederação Nacional do Comércio e Serviços (CNC) trabalha com três cenários, mas nem no mais otimista deles o número de lojas abertas compensaria as perdas do ano passado. No Rio, bares e restaurantes ameaçam não quitar a folha de salários que vence hoje e estimam pelo menos mil demissões por semana.