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Economia está começando a decolar de novo, diz Guedes em meio a avanço da pandemia

Fonte: Folha de S. Paulo - 12/03/2021 às 11h03

O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou que a arrecadação federal de fevereiro alcançou um recorde para o período e que a economia do país “está começando a decolar de novo”.
 
“A arrecadação em fevereiro deste ano [é um] recorde histórico para fevereiros”, afirmou ao lado de Bolsonaro durante reunião da frente parlamentar da micro e pequena empresa. “A economia voltou em V e está começando a decolar de novo”, disse.
 
As afirmações são ditas em um momento em que governadores e prefeitos aumentam as restrições das atividades devido ao avanço da Covid-19, indicadores como a inflação chamam a atenção de analistas ao subir acima das estimativas e economistas apostam no aumento da taxa básica de juros já neste mês.
 
O ministro lamentou as mortes pela Covid chamando a pandemia de tragédia humana e defendeu a vacinação em massa da população.
 
“Evidentemente, vacina em massa de um lado para o retorno seguro ao trabalho. E, de outro lado, girar a economia. É isso que estamos olhando para a frente”, disse.
 
Para ele, a saúde deve ser colocada em primeiro lugar. “Temos que cuidar da saúde, evidentemente. saúde em primeiro lugar. Sem saúde, não tem trabalhador, pequena e média empresa, não tem economia, mas não podemos descuidar da economia, que é sempre a ênfase do discurso que o presidente fez”, disse.
 
“Economia e saúde andam juntos. Seguimos desde o início essa orientação”, afirmou.
 
Guedes disse que o PIB (Produto Interno Bruto) neste ano vai crescer pelo menos 3%, como indicam as previsões após a queda de 4,4% nem 2020. “Não entro na área da saúde, mas na economia tenho que dizer o seguinte: a economia está de novo decolando”, disse.
 
“Neste ano, temos uma taxa praticamente garantida de 3%, 3,5%. E pode ser muito mais dependendo da nossa capacidade de juntos formularmos as soluções”, disse.
 
Guedes disse que o governo vai reeditar o programa de manutenção de empregos e que está formulando novas medidas, como um seguro-emprego.
 
“Por que não dar R$ 500 para ter um seguro-emprego? Em vez de esperar alguém ser demitido e dar R$ 1.000, vamos evitar a demissão pagando R$ 500 antes. Em vez de uma cobertura de quatro meses, como é o seguro-desemprego, vamos fazer uma cobertura de 11, 12 meses, pela metade do custo”, disse ao participar virtualmente de encontro da frente parlamentar da micro e pequena empresa.
 
Conforme mostrou a Folha, Guedes vem trabalhando em medidas como o do seguro-emprego que amenizem os custos para os cofres públicos.
 
O ministro ressaltou a relevância do Congresso nas discussões e lembrou da aprovação recente da autonomia do Banco Central, em sua visão uma medida importante para que o aumento de preços verificado durante a pandemia não se perpetue. "É um aumento transitório", disse.
 
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta semana, veio acima das projeções de mercado e fechou fevereiro em 0,86%. A variação em 12 meses foi de 5,2% e coloca o indicador praticamente no teto da meta de 5,25% (a meta é 3,75% com 1,5% de banda). Entre os vilões estiveram os combustíveis.

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