Clipping
Dólar oscila, ao redor de R$ 5,30
O dólar opera sem direção definida nesta sexta-feira (4), mas caminhando para fechar sua segunda semana em queda depois de uma melhora nas perspectivas sobre a agenda de reformas doméstica, enquanto dados norte-americanos sobre emprego impulsionavam o sentimento de risco global.
Às 11h40, a moeda norte-americana subia 0,04%, cotada a R$ 5,2938. Na mínima até o momento chegou a R$ 5,2473, e na máxima, a R$ 5,3038.
Na quinta-feira, o dólar fechou em queda de 1,24%, cotada a R$ 5,2915, acumulando baixa de 1,39% na parcial da semana. Na parcial do mês, tem queda de 3,46%. No ano, tem valorização de 31,96%.
Cenário
Nos EUA, o Departamento do Trabalho norte-americano divulgou a criação de 1,371 milhão de vagas fora do setor agrícola no mês passado, resultado próximo às expectativas dos mercados, melhorando o humor dos investidores globais, que haviam sido surpreendidos na quarta-feira com uma leitura fraca no Relatório Nacional de Emprego da ADP.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos recuou para 8,4% em agosto, na quarta queda mensal seguida da taxa. Apesar do recuo, o desemprego ainda é mais do dobro do registrado em fevereiro, antes da pandemia do coronavírus, de 3,5%.
No exterior, peso mexicano e rand sul-africano, pares emergentes do real, ganhavam contra o dólar.
Analistas também citavam um possível movimento de ajuste do real diante das perdas acentuadas registradas em 2020 como um fator para sua recuperação nas últimas sessões.
"O real segue com uma das moedas mais desvalorizadas em 2020. Às vezes o movimento é uma correção do exagero", disse à Reuters Vanei Nagem, responsável pela mesa de câmbio da Terra Investimentos, destacando que outros países emergentes cujas moedas não foram tão pressionadas no ano também apresentaram incertezas econômicas em meio à pandemia, não apenas o Brasil.
"O real segue com uma das moedas mais desvalorizadas em 2020. Às vezes o movimento é uma correção do exagero", comentou, destacando que outros países emergentes cujas moedas não foram tão pressionadas no ano também apresentaram incertezas econômicas em meio à pandemia, não apenas o Brasil.
Na agenda doméstica, as atenções seguem voltadas para as discussões em torno do Orçamento de 2021 e da reforma administrativa.
"O simples fato de a reforma ser apresentada este ano representa uma surpresa agradável, já que o presidente Bolsonaro tinha admitido em junho que a apresentação só aconteceria em 2021", escreveu o time econômico da Guide Investimentos.
O governo oficializou na quinta-feira o envio da reforma administrativa para o Congresso. O texto propõe uma série de mudanças nas regras do funcionalismo público. Entre elas, está o fim da aposentadoria compulsória como modalidade de punição e proibição de promoção por tempo de serviço.
Também na véspera, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que passará a negociar com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, porque o ministro da Economia, Paulo Guedes, proibiu o diálogo dele, Maia, com os secretários da área econômica.
Na segunda-feira, 7 de setembro, os mercados do Brasil e EUA não terão negociações devido a feriados nacionais