Área exclusiva de acesso do associado ANEPS. Para acessar a área restrita da CERTIFICAÇÃO, CLIQUE AQUI

Clipping
Dados indicam um momento forte da economia americana

Fonte: Valor Econômico - 25/11/2021 às 04h11

A atividade econômica nos EUA voltou a acelerar neste fim de ano, com uma série de indicadores mostrando aumento dos gastos de consumo e de capital e fortalecimento do mercado de trabalho. Mas a pressão de preços também segue firme, com uma medida de inflação ao consumidor atingindo a maior alta anual em 31 anos.
“A economia vai terminar o ano em ritmo forte”, disse Christopher Rupkey, economista-chefe da FWDBONDS em Nova York.
 
Os gastos das famílias aumentaram 1,3% em outubro ante o mês anterior, enquanto a renda dos americanos aumentou 0,5% no mês passado, informou ontem o Departamento de Comércio. Os consumidores estão se beneficiando de um forte mercado de trabalho. E eles estão gastando em um ritmo mais rápido do que a inflação, que recentemente atingiu a máxima em 30 anos.
 
Os pedidos de seguro-desemprego, um indicador de dispensas, caíram para 199 mil na semana passada, o menor número desde 19969, segundo o Departamento do Trabalho. A forte queda na demanda pelo benefício sugere que os aumentos salariais e a ampla oferta de empregos podem continuar a apoiar os gastos do consumidor - principal motor da economia - apesar da redução do estímulo governamental e da taxa de poupança.
 
“A demanda do consumidor continua bastante forte”, disse Gregory Daco, economista-chefe da consultoria Oxford Economics para os EUA. “As pessoas querem viajar, comer fora e fazer compras para as férias de fim de ano.”
O fortalecimento da economia foi confirmado por outros dados mostrando forte aumento nos gastos das empresas com equipamentos, excluindo transporte, e reposição dos estoques no atacado, segundo informou o Departamento do Comércio. Com os lucros das empresas atingindo níveis recordes no terceiro trimestre, as empresas provavelmente continuarão a investir.
 
Finalmente, outro relatório do Departamento do Comércio apontou uma significativa queda de 14,6% no déficit comercial de bens dos EUA em outubro, para US$ 82,9 bilhões, refletindo um aumento das exportações.
 
Após a divulgação dos dados de ontem, economistas elevaram suas estimativas de crescimento para a economia americana no quarto trimestre. O JP Morgan Chase revisou sua estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre para 7% (taxa anualizada), de 5% antes. O Morgan Stanley elevou sua previsão de 3% para 8,7%, enquanto a Capital Economics agora vê um crescimento de 6,5%.
 
Mas as revisões positivas não significam que a economia não tenha desafios. A forte demanda de consumo está sobrecarregando ainda mais as cadeias de suprimentos e a inflação. A medida núcleo do índice de preços ao consumidor conhecido como PCE - que exclui alimentos e energia - acelerou para 0,4% no mês passado, de uma alta de 0,2% em setembro. No acumulado de 12 meses até outubro, a alta foi de 4,1% - maior taxa desde janeiro de 1991. O núcleo do PCE é a medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que tem uma meta de inflação de 2%.
 
Economistas também alertam que o recente aumento nos casos de covid-19 pode voltar a restringir a atividade durante os próximos meses de inverno nos EUA.

Compartilhar no

WhatsApp Facebook Twitter

RECEBA NOSSAS NOVIDADES

Este site usa cookies para fornecer a melhor experiência de navegação para você. Para saber mais, basta visitar nossa Política de Privacidade.
Aceitar cookies Rejeitar cookies