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Crise faz pequenas empresas fugirem de crédito e investimentos
A crise está assustando os empreendedores. O levantamento mensal feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 86,7% das pequenas empresas não pretendem buscar crédito nos próximos três meses. O indicador, que vai de 0 a 100, está em 12,15 pontos, abaixo dos 13,14 pontos de dezembro.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a desaceleração da economia e a alta dos juros estão contribuindo para este cenário. Na pesquisa, os empreendedores dizem que é possível manter os negócios sem buscar recursos externos.
Entre as empresas que pretendem buscar dinheiro, a modalidade mais citada foi o microcrédito (32,8%), seguido por cartão de crédito empresarial (13,1%). Este crédito será usado, em 72% dos casos, para compra de maquinário e capital de giro.
A pesquisa ouviu ainda a propensão em fazer novos investimentos e 70% das micro e pequenas empresas disseram que não pretendem investir. Entre os que responderam que vão fazer investimentos, a maioria diz que deve reformar a empresa. Fazer propagandas e ampliar o estoque aparecem na sequência. Mais de 66% devem realizar essas ações com capital próprio.
A desaceleração dos investimentos deve refletir também na expansão dos negócios. Mais de 80% dos entrevistados disseram que este não é um bom momento para ampliar a empresas. As principais justificativas são incerteza política, recessão econômica e queda nas vendas.
A inadimplência também preocupa os empreendedores: 40,9% das empresas
dizem ter clientes com contas em atraso. Entre eles, a maioria diz que a inadimplência aumentou na comparação entre 2014 e 2016.