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Crédito impulsiona resultado do Daycoval
O crescimento nas principais linhas da carteira de crédito ajudou a impulsionar o resultado do Daycoval. O lucro líquido recorrente do banco alcançou R$ 333,3 milhões no segundo trimestre, o que mostra alta de 1% em relação ao primeiro trimestre e 12,7% acima do intervalo de abril a junho de 2020.
“Conseguimos mostrar um crescimento em todas a carteira, bastante consistente para um período de pandemia”, afirmou o diretor de relações com investidores, Ricardo Gelbaum, acrescentando que o resultado mostrou continuidade em relação à tendência já apresentada nos primeiros meses deste ano.
O portfólio expandido de crédito somava R$ 39,895 bilhões no fim de junho, volume 51,9% maior que o de igual mês do ano passado e 7,1% superior ao apresentado em março. Todos os segmentos tiveram expansão do saldo, com destaque para o de empresas, com alta de 6,8% no trimestre e de 70,5% em um ano, para R$ 30,359 bilhões. Com uso de tecnologia, o banco vem ampliando seu alcance entre pequenas e médias companhias.
De acordo com Gelbaum, a expectativa é que a carteira de empresas continue crescendo na segunda metade do ano, mas “nada de espetacular”.
Conservador, o banco reforçou provisões novamente no segundo trimestre, constituindo R$ 161,3 milhões em novas reservas. Os maiores volumes foram destinados às carteiras de consignado e de empresas.
O banco fechou o trimestre com inadimplência de 1,6%, patamar que Gelbaum considera confortável. No entanto, o cenário relacionado à pandemia ainda está incerto e o Daycoval decidiu fazer provisões “por cautela”, conforme o executivo.
O saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD) encerrou o segundo trimestre em R$ 1,644 bilhão, com avanço de 3,3% em três meses. O índice de cobertura para operações vencidas há mais de 90 dias atingiu 261,9%.
O Daycoval obteve margem financeira líquida ajustada e recorrente de 10% entre abril e junho, mesmo patamar do primeiro trimestre e 1,2% ponto percentual menor que no segundo trimestre de 2020. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) fechou em 23,9%, contra 37,5% no primeiro trimestre e 25,9% no mesmo período do ano passado.
O banco encerrou a primeira metade do ano com índice de eficiência recorrente de 30% e índice de Basileia em 13,9%. O patrimônio líquido cresceu 25,1% em 12 meses, para R$ 5,2 bilhões.