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Convergência da inflação não contempla reduções dos juros
Durante apresentação sobre o Boletim Regional, o diretor também afirmou que o aumento das incertezas sobre a economia global tende a influenciar a economia doméstica, "com viés desinflacionário". "Há muito tempo não vejo um início de ano tão conturbado no cenário internacional. Cenário é complexo e com muitos riscos associados", disse ele, mencionando desaceleração econômica da China e dúvidas sobre o ritmo de normalização da política monetária nos Estados Unidos.
As declarações de Lopes fazem parte da ofensiva do BC para reforçar que não há espaço para afrouxar a política monetária, após algumas especulações de que a autoridade poderia cortar a Selic em meio à cambaleante atividade econômica. Hoje, a taxa está em 14,25% ao ano.
Na véspera, a mesma mensagem havia sido passada pelo diretor de Política Monetária, Aldo Mendes, e, mais tarde, pelo presidente do BC, Alexandre Tombini.
Diante disso, no mercado de futuros de juros, foram varridas as poucas especulações de que o BC poderia reduzir a Selic em algum momento diante do quadro recessivo no Brasil.
O diretor afirmou ainda que a autoridade monetária brasileira segue com objetivos muitos claros em relação ao controle da inflação. /Reuters