Clipping
Confiança do setor de serviços cai para pior nível em 9 meses, aponta FGV
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) despencou 5,6 pontos em março, para 77,6 pontos, segundo divulgou nesta segunda-feira (29) a Fundação Getulio Vargas. Trata-se do menor nível desde junho do ano passado (71,7 pontos).
Em médias móveis trimestrais, o índice se manteve em tendência decrescente pelo quarto mês consecutivo ao cair 2,9 pontos.
"A piora da satisfação dos empresários e aumento do pessimismo em relação ao curto prazo sinalizam as dificuldades do setor diante o recrudescimento da pandemia, aumento das medidas restritivas e cautela dos consumidores", avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
"A distância para os níveis anteriores à pandemia segue aumentando e o cenário de elevada incerteza ainda persiste tornando difícil vislumbrar uma recuperação nos próximos meses, enquanto não houver aceleração no processo de imunização e melhora dos números da pandemia”.
A confiança da indústria e do comércio também tiveram forte recuo em março.
No domingo, o número total de óbitos provocados pela Covid-19 no Brasil ultrapassou a marca de 312 mil, mostraram dados do Ministério da Saúde, enquanto os casos confirmados da doença já superam os 12,5 milhões.
Segundo a FGV, a queda da confiança entre os empresários do setor de serviços atingiu 11 dos 13 segmentos pesquisados em março. O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 4,2 pontos, para 74,4 pontos, menor nível desde julho do ano passado (71,0 pontos). O Índice de Expectativas (IE-S) cedeu 6,7 pontos, para 81,3 pontos, o pior resultado desde junho do ano passado (79,8 pontos).
Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de subiu 0,8 ponto percentual, para 83,2%, retornando a nível próximo ao de janeiro.
No trimestre, o destaque positivo continuo sendo dos serviços de informação e comunicação, que caíram menos no início da pandemia e conseguiram iniciar 2021 em alta. Os demais segmentos principais voltaram a registrar queda trimestral no início desse ano e estão mais distantes do nível pré-pandemia, destacou a FGV.