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Concessões de Crédito
Havan define rumo de IPO
A varejista catarinense Havan vai decidir nesta semana se lança sua oferta inicial de ações (IPO) ou se aguarda outro momento de mercado, disseram duas fontes. A Havan já fez pedido de registro do IPO, com prospecto preliminar na CVM. O lançamento efetivo é quando a companhia divulga a faixa indicativa de preço e parte para o esforço de vendas, recebendo reservas de investidores interessados nos papéis. O Valor apurou que há interesse dos investidores na operação, mas que por se tratar de uma transação de grande porte, a companhia vai avaliar se é o melhor momento. A volatilidade aumentou nas últimas semanas, com maior variação de preço dos ativos financeiros, e algumas companhias adiando o lançamento. Nas conversas com investidores, a Havan testou o apetite para emplacar o IPO com preço que faça a companhia chegar à bolsa com ao menos R$ 70 bilhões em valor de mercado. “A companhia não tem pressa, não precisa fazer correndo se o mercado estiver muito volátil”, disse um executivo próximo à Havan. “O contraponto é que as ofertas maiores são mais fáceis de alocar, por atraírem um pool maior de fundos nacionais e internacionais, do que ofertas pequenas”. (Maria Luíza Filgueiras)
Concessões de crédito
As concessões de crédito para o período de 1º de março a 18 de setembro somam R$ 2,2 trilhões, incluindo contratações, renovações e suspensão de parcelas, segundo dados divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Para o mês de setembro, os dados consideram apenas as operações no segmento livre de crédito a pessoa jurídica, que somam R$ 204,5 bilhões. Os bancos já renegociaram 15 milhões de contratos com operações em dia, que têm um saldo devedor total de R$ 858 bilhões. A soma das parcelas suspensas dessas operações repactuadas totaliza R$ 118,6 bilhões. A maioria dos beneficiados com prorrogação de parcelas é representada por pequenas empresas e pessoas físicas (R$ 66,5 bilhões). A Febraban diz que mesmo com o aumento do risco nas operações de crédito e a expectativa de aumento da inadimplência, que já se refletiu na forte elevação das provisões, as taxas de juros e os spreads bancários recuaram entre fevereiro e agosto deste ano. (Álvaro Campos)
Alíquota do compulsório.
O Banco Central decidiu estender a vigência da alíquota temporária do compulsório sobre recursos a prazo, prevista para vigorar inicialmente até dezembro de 2020, para abril de 2021. Além disso, a alíquota a partir de abril de 2021 foi reduzida de 25% para 20%. Em fevereiro deste ano, o BC reduziu a alíquota de 31% para 25%, com o objetivo de reduzir a sobreposição entre recolhimentos compulsórios e indicador LCR (Liquidity Coverage Ratio). Já em março, o BC decidiu por nova redução da alíquota, de 25% para 17%, de forma emergencial e temporária, como
medida de combate aos efeitos econômicos advindos da pandemia de covid-19. Ainda na decisão da redução, em março, foi previsto o retorno à alíquota de 25%, em dezembro deste ano. (Álvaro Campos)