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Busca por crédito no primeiro semestre deste ano aumentou 26,2%
A pandemia impactou em diversos setores e no trabalho não foi diferente. Surgiram novos formatos para cargos até então inimagináveis. Muitos profissionais perderam seus empregos e precisaram se reinventar dentro de suas profissões ou até mesmo mudar de carreira. Paralelo a isso, outros tiveram uma alta na demanda de trabalho, mas o fato é que em decorrência de muitos acontecimentos tristes, vieram as oportunidades de trabalho para alguns.
Um setor que teve que acelerar as inovações foi o bancário. Antes mesmo da pandemia já se estudava a flexibilização no modelo de trabalho. As transações via internet também ganharam força, mas o que impulsionou, de fato, a virada tecnológica das instituições financeiras foi a Covid-19. Isso porque na maioria das agências o atendimento presencial havia sido interrompido, o que trouxe ainda mais urgência para a migração nos principais canais de atendimento.
Outro fator que corroborou com esse avanço do setor bancário foi a crescente busca por crédito, seja por pessoas físicas ou jurídicas que enxergaram nos produtos financeiros uma solução para seus problemas. Segundo o Serasa Experian, a busca por crédito no primeiro semestre aumentou 26,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A demanda por empréstimos também aumentou, ficando em 23,7%.
A grande procura pela oferta de crédito fez com que aumentasse a demanda de trabalho dos correspondentes bancários, que são profissionais que prestam serviços em parceria com os bancos e recebem pelo menos 6% dos valores quando intermediam a contratação de um produto de crédito oferecido pelas instituições financeiras.
Além desse aumento, a expectativa da FEBRABAN, a Federação Brasileira dos Bancos, é que a busca por crédito deva se manter alta, atingindo um ritmo de expansão de 10,3% em 2021.
Como funciona o trabalho de um correspondente bancário?
A alta demanda dos empréstimos nos bancos faz com que eles busquem por parceiros para levar seus serviços e produtos para mais pessoas. Esse canal é constantemente utilizado, pois, gera benefício para os bancos sem gerar custos altos com a expansão de agências e novos canais de atendimento.
O correspondente, em contrapartida, recebe comissão de 6% sobre o valor de cada operação de crédito. Portanto, como sua fonte de renda vem através do seu próprio esforço, o trabalho dos correspondentes exige muito foco, habilidade pras vendas e vontade de querer sempre mais.
Quem regula a profissão de correspondente bancário é o CMN, o Conselho Monetário Nacional e, atualmente, foi publicada uma nova atualização nas regras de trabalho desse profissional. A nova norma que entrará em vigor em fevereiro de 2022 possibilita a atuação desses agentes de forma digital. Assim, ficará a cargo das instituições financeiras redigir uma política de atuação e contratação dos seus agentes, formalizado por um documento específico e aprovada pelo conselho de administração ou diretoria da instituição. Além dessa nova regra, é importante frisar que para atuar na profissão é necessário ter algumas certificações que são oferecidas pela Abecip - Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança.