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Banco Central aprova emissão de tokens utilizando a tecnologia blockchain
Pela primeira vez em sua história o Banco Central do Brasil anunciou que vai autorizar a emissão de tokens em blockchain dentro do sistema financeiro nacional. A autorização ocorrerá dentro do sandbox regulatório do BC e será destinada a empresa Brasil OTC, uma das selecionadas para desenvolver sua solução no ambiente regulado.
No total, incluindo a Brasil OTC, foram selecionados sete projetos para o Ciclo 1 da iniciativa, incluindo projetos do Banco Itaú, JPMorgan e Mercado Pago.
No caso da Brasil OTC a empresa usa blockchain para tokenizar títulos de dividas privadas e com isso atua como registradora e liquidante de transações de compra e venda dos ativos tokenizados, tal qual o Mercado Bitcoin, Liqi e Foxbit fazem com precatórios e outros títulos em suas plataformas.
Ao contrário das empresas de criptomoedas nacionais que usam o blockchain da Ethereum para emissão de seus tokens lastreados em ativos, a Brasil OTC vai utilizar o blockchain do consórcio R3, o Corda.
Além disso a Brasil OTC foi 'formada' dentro do BC, pois concebida inicialmente por Celso Jung, a ideia da empresa nasceu dentro da iniciativa LIFT (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas), coordenada pela Fenasbac (Federação dos Servidores do Banco Central) com suporte do próprio BC. Foi estruturada com alguns executivos egressos da Bolsa, como Paulo Oliveira, ex-diretor Executivo da BM&FBovespa e seu atual presidente.
“A OTC vai democratizar as emissões de dívida devido à tecnologia blockchain. O valor mínimo de emissão é de R$ 20 milhões”, disse Oliveira.
O executivo destaca também que a tecnologia blockchain vai reduzir o custo de todo o processo pois permitirá menos gastos com bancos de investimento e advogados.