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Setor bancário elimina TAC, mas adota outras tarifas

10/04/2008 às 09h24

jornal Folha de S. Paulo 09/04/2008

Eliane Mendonça (Agora)                                    

Os consumidores estarão livres da TAC (Tarifa de Abertura de Crédito) a partir do dia 30 deste mês. Mas, no mesmo dia, alguns bancos começarão a cobrar duas tarifas antes quase que desconhecidas -a de início de relacionamento e a de renovação de cadastro. E a cobrança é pesada.

A partir do dia 30 deste mês, entram em vigor a Tarifa de Confecção de Cadastro para Início de Relacionamento e a Taxa de Renovação de Cadastro, criadas pelo Banco Central com o objetivo de padronizar os nomes das tarifas cobradas em todos os bancos.

No entanto é bom ficar atento. Apesar de nomes iguais, uma mesma tarifa pode não ser cobrada nas mesmas situações em todas as instituições. Por isso, é importante que o cliente redobre a atenção e se informe antes de aderir a um novo serviço bancário.

Para exemplificar isso, foram consultados ontem sete bancos que irão cobrar a Taxa de Confecção de Cadastro para Início de Relacionamento. A constatação é que, em geral, os bancos irão fazer a cobrança em casos diferentes.

No HSBC, por exemplo, a Tarifa de Confecção de Cadastro para Início de Relacionamento não será cobrada para abertura de conta, mas somente quando o cliente fizer um empréstimo. "Para cada empréstimo, serão cobrados R$ 54", informou a assessoria de imprensa.

No entanto o próprio BC (Banco Central) discorda da interpretação do HSBC. Segundo o BC, a tarifa é para início de relacionamento e não pode, portanto, ser cobrada de quem já é cliente.

A Nossa Caixa e o Santander não informaram detalhes da aplicação da tarifa nem explicaram os motivos para isso.

O Unibanco disse que a tarifa não será cobrada na abertura de conta. No entanto cinco de oito agências consultadas disseram que sim.

Na Caixa, a tarifa será cobrada para abertura de contas, exceto para conta poupança. Já no Itaú, a cobrança vai ocorrer somente se o cliente não optar por algum pacote de serviços. O mesmo ocorre no Real.

Para o consultor e vice-presidente da OEB (Ordem dos Economistas do Brasil), José Dutra Vieira Sobrinho, as diferenças mostram que a padronização de nomes não deverá facilitar a vida do cliente.

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