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Opções de Crédito Alavancam as Concessionárias de Veículos

23/07/2010 às 14h26

 

 

jornal DCI 21/07/2010 - Camila Abud e Gleyma Lima

 

Por meio de mais financiamentos e opções de parcelamento de dívidas, as redes de concessionárias de veículos, principalmente as que atuam com carros importados, têm buscado alternativas para atender à demanda da nova classe C que surge no País. Este nicho foi avaliado como de grande potencial, com novos consumidores interessados em comprar carros em busca de mais status.

Um termômetro de que esse panorama tem elevado as vendas das redes é o levantamento feito pela Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). O estudo mostra que a carta de crédito para financiamento de veículos aumentou 14% em maio passado, em relação ao mesmo período de 2009. O aumento das vendas de carros importados, que em seis anos passou de 61,7 mil unidades para as mais de 500 mil previstas para este ano, é um dos fatores de impacto nesse quadro.

A concessionária Eurobike, presente em São Paulo (capital e interior) e Porto Alegre (RS), firmou uma parceria com o cartão de crédito American Express, além de oferecer financiamento com entrada de 20%, 30% ou 50% e saldo em 24 vezes. Hoje, 60% dos carros vendidos na Eurobike são financiados. Uma das principais vantagens desta parceria é proporcionar aos clientes Eurobike a possibilidade de acumularem milhas em seu cartão American Express, no programa Membership Rewards.

Segundo Henry Visconde, presidente do Grupo Eurobike, que comercializa as marcas Audi, BMW, Land Rover, Mini, Porsche e Volvo, e que representa 10% das vendas de veículos premium no Brasil, 60% dos veículos vendidos em suas concessionárias são financiados. "A maioria de nossos clientes opta por pagar 50% de entrada e financiar o restante em até 24 vezes. O cliente procura bons preços e baixa taxa de juros, e muitas vezes ele prefere deixar o dinheiro investido e pagar mensalmente", afirmou Visconde.

Segundo ele, no primeiro semestre as vendas já foram 80% maiores que as do ano passado. No segundo semestre deste ano a empresa pretende obter um crescimento de 25% em comparação ao mesmo intervalo de 2009.

Opções

O Grupo BMW, através do BMW Serviços Financeiros, dá ao consumidor três opções de financiament CDC, Leasing e BMW Select, além de opções de recompra e utilização de parcelas intermediárias. Com entrada mínima de 30%, o saldo é dividido em até 24 vezes, e a taxa de juros é de 1,15%. Especificamente para o BMW 118i, a montadora realiza a condição especial: 50% de entrada e saldo em 24 meses sem juros.

Há ainda a opção do BMW Select, com juros de 1,3% e redução de parcelas. O Select oferece três opções de entrada, de 20%, 30% e 50% e saldo em 24 vezes. Também dentro deste conceito há o Plano Residual, para o cliente que não possui o valor da entrada. Nesse caso, o valor do veículo é divido em dois e a pessoa divide metade do valor do carro em 24 parcelas. No final do plano, o cliente terá várias alternativas como quitar o residual, financiá-lo, devolver o carro com valor de recompra garantido ou trocar o veículo por outro, zero-quilômetro.

O Grupo Caltabiano, com 22 concessionárias, prepara-se para abrir mais uma concessionária Toyota para atender na Pompeia, em São Paulo, de olho na demanda de variados tipos de crédito. "Hoje o nosso forte é realmente o leasing e o crédito direto ao consumidor, pelo qual o comprador adquire o carro e dá de entrada 50% do seu valor. Depois termina de pagar o restante para janeiro de 2011, sem juros", explicou o gerente de Vendas da concessionária Toyota, Marcelo Cedim.

Consórcios

Nos primeiros quatro meses deste ano, o sistema de consórcios registrou um aumento de 38,5% do volume de negócios realizados em relação ao mesmo período de 2009. Enquanto há um ano somava R$ 13,5 bilhões, em 2010 totalizou R$ 18,7 bilhões. O estudo de cenários e oportunidades de negócios, feito pela empresa Quorum Brasil para o início de 2010, realizado com a finalidade de conhecimento do mercado para a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), apontou o aumento da renda das classes C e D como principais fatores a embasar o crescimento das vendas nos diversos setores desse sistema.

O levantamento também apurou que foram anotados outros fatores, como o uso do FGTS nos imóveis, a expansão modal e a renovação de frota nos pesados, juro final alto, assim como o término da isenção de IPI dos automóveis.

 

 

 

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