Inadimplência pode ser mascarada, mas BC consegue enxergar os riscos

Paulo Souza, diretor de fiscalização do Banco Central (BC), afirmou que os indicadores de inadimplência podem ser mascarados pelo crescimento de crédito ou de perfil 
 
O diretor ainda afirma que  o efeito do aperto monetário está se tornando mais significativo no crédito. A  autoridade ainda aguarda o esmorecimento no ritmo de crescimento das concessões até o fim deste ano. 
 
Mesmo diante da  forte alta de juros, com a Selic a 13,75% ao ano, o mercado de crédito continua crescendo a dois dígitos. A projeção mais recente do BC é de alta de 14,2% na carteira do sistema financeiro em 2022, depois de elevação de 16,5% em 2021 e de 15,6% em 2020. 
 
Quando o Banco Central sobe a taxa básica, o efeito esperado é de contração no crédito. Sendo assim, o BC afirma em comunicações oficiais que não há mudanças no canal de transmissão da política monetária e descarta que seus efeitos podem ser observados através das mudanças da comparação do saldo, com aumento da proporção de linhas mais caras e inadimplência subindo no crédito livre.