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Greve de bancários prioriza grandes agências
04/02/2006 às 18h36
O primeiro dia da greve por tempo indeterminado dos bancários, decidida em assembléia na noite de quarta-feira, irá priorizar as grandes concentrações de funcionários no Brasil inteiro e aos poucos chegará nas pequenas agências. | |
"Queremos a população do nosso lado, assim como no ano passado", disse Cordeiro à Reuters em referência à greve de 30 dias realizada em 2004 e que pouco afetou o dia a dia das pessoas. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), existem 46 mil estabelecimentos comerciais - quase três vezes mais do que as 17 mil agências do país - que podem receber contas e efetuar pagamentos, como lotéricas e correios. Além disso, a Fenabran lembra que das 76 milhões de contas correntes 22 por cento utilizam Internet para operações. Os bancários querem aumento de 11,77 por cento, melhoria na participação dos lucros e manutenção da 13a cesta básica conquistada na greve de 2004. Querem também que a carga horária volte a ser de 8h - como era antes da campanha realizada pela categoria na década de 1990, pelas 6h diárias - para gerar mais empregos. Os bancos oferecem ajuste de 4 por cento e 1 mil reais de abono. "Os bancos são os maiores lucros do país e não querem negociar", lembrou Cordeiro. A última proposta dos bancos foi entregue na terça-feira desta semana e não há nova rodada de negociações marcada, informou. Balanços parciais dos sindicatos e da Febraban deverão ser divulgados no início da tarde desta quinta-feira. Às 17h estão previstas assembléias da categoria em todo país para avaliar o movimento e preparar o segundo dia da greve. "A greve está muito forte no Nordeste, no Rio de Janeiro e, em São Paulo, as grandes agências do Centro estão todas paradas", informou Cordeiro após uma avaliação preliminar. (Fonte: Reuters) |