Os responsáveis pelos 150 postos de correspondência bancária no Estado do Maranhão fundaram hoje uma associação empresarial.
A intenção é fortalecer a reivindicação, junto ao governo, da quebra da exclusividade do Banco do Brasil na concessão de crédito consignado para os servidores.
Há pouco mais de dois meses, os funcionários públicos estaduais só podem tomar empréstimo com desconto em folha por meio do banco federal. Com o decreto da governadora Roseana Sarney (PMDB), mais da metade do mercado ficou reservada para o BB, e os correspondentes já começam a sentir os efeitos: demissões e prejuízo.
Desde que o decreto está em vigor, os correspondentes dizem ter solicitado, por diversas vezes, uma audiência com a governadora. No entanto, foram recebidos apenas pelo chefe da Casa Civil, Luís Fernando Silva, que não teria se mostrado disposto a negociar.
Foi com o intuito de ganhar força nesse diálogo c om o Executivo e também com o Judiciário que o grupo criou a Associação dos Correspondentes Financeiros do Maranhão (Acfema).
De acordo com a Acfema, trata-se de um universo de 30 mil pessoas entre empregados diretos e indiretos que correm o risco de perderem seus empregos.
O decreto estabelece em 1,6% ao mês a taxa de juros máxima nas operações consignadas do Banco do Brasil. No entanto, o BB apresenta restrições que dificultam o acesso ao crédito. Além de oferecer condições mais fáceis, segundo a associação, as operadoras independentes praticam taxas menores no Maranhão, de 1,5%.
Autor: Guilherme Barros |