Os modelos de concessão de crédito utilizados atualmente não separam os bons dos maus pagadores, nem faz uma distinção na cobrança de taxas, juros, etc. Dessa forma, os consumidores que pagam corretamente acabam assumindo o pagamento de juros abusivos dos inadimplentes para compensar as perdas das instituições financeiras.
Porém, essa realidade pode mudar ainda este ano com uma nova ferramenta: o cadastro positivo. As companhias que fornecem soluções para a área de crédito e cobrança já estão se preparando para a elaboração de instrumentos para verificar o grau de endividamento do consumidor e a pontualidade nos pagamentos. Assim, os promotores de crédito poderão conhecer melhor seu pagador, seus hábitos e suas características para definir estratégias de concessão de crédito diferenciadas e mais justas.
Exatamente para falar sobre o assunto, o superintendente de microcrédito do Banco Real, Giovani Anversa, foi convidado para participar do Congresso Consumidor Moderno de Crédito e Cobrança (CCMCC), que acontece entre os dias 23 e 24 de abril, em São Paulo. O executivo apresentará um case de sucesso relacionado ao tema evolução dos modelos de concessão de crédito ao longo do ciclo de vida do cliente, no primeiro dia do evento, às 14h15.
Organizado pelo Grupo Padrão, por meio da Revista Consumidor Moderno, o CCMCC é o primeiro evento brasileiro de Crédito e Cobrança pensado sob uma ótica 360º, pois contempla toda a cadeia de valor. Além disso, analisa o impacto da crescente oferta de crédito e a sofisticação dos mecanismos de cobrança na economia brasileira no ponto de vista do consumidor. Bancos, financeiras, escritórios de cobrança, varejo e, inclusive, o consumidor estão inseridos nesse contexto.
De acordo com o especialista internacional em relações de consumo e publisher da Consumidor Moderno, Roberto Meir, a expectativa é que o cadastro positivo entre em vigor até o segundo semestre de 2008 e modifique as estratégias de fidelização. “O cadastro positivo está concluído há mais de uma década, mas continua suspenso temporariamente por causa de uma decisão judicial que tornou os custos operacionais inviáveis. Quando entrar em vigor, as instituições financeiras terão de adotar estratégias mais criativas para atrair e fidelizar seus clientes”, finaliza Meir. |