A fusão entre a Bolsa de Valores de São Paulo e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) foi o maior negócio realizado na América Latina no primeiro semestre deste ano, de acordo com levantamento realizado pelo norte-americano Mergermarket Group, especializado no acompanhamento de fusões e aquisições no mundo.
O negócio entre as bolsas brasileiras somou US$ 7,32 bilhões. A pesquisa mostrou também que o segundo maior negócio no continente de janeiro a junho foi a compra da Iron X Mineração pela Anglo American, por US$ 5,519 bilhões. Em terceiro e quarto lugares aparecem duas transações que, somadas, iriam para o topo do ranking: as compras, pela Telemar, de participações do Citigroup na Brasil Telecom, uma no valor de US$ 4,679 bilhões e outra que somou US$ 3,535 bilhões.
Segundo a pesquisa, o Brasil foi responsável por 75% do valor total dos negócios de compra e venda de empresas na América Latina e por 45% do número de transações no continente, o que deu ao País folgada liderança regional nesse setor. O volume total de fusões e aquisições no continente ficou próximo de US$ 50 bilhões, e o número de negócios fechados foi superior a 120 transações. Na previsão do Mergermarket Group, o Brasil continuará a liderar o ranking de fusões e aquisições na segunda metade deste ano, com negócios principalmente nas áreas de mineração, telecomunicações, tecnologia da informação e agronegócios.
Entre os bancos que lideraram a intermediação dessas transações no primeiro semestre no País, a liderança foi do Credit Suisse, com US$ 22,426 bilhões em sete negócios, de acordo com a pesquisa. Em segundo lugar ficou o Rotschild, com US$ 16,225 bilhões em quatro negócios, seguido de perto pelo Citigroup, com US$ 16,057 bilhões também em quatro negócios.
No ranking dos escritórios de advocacia que mais atuaram em fusões na América Latina no período, a primeira colocação, segundo o Mergermarket, foi o Shearman & Sterling, com valor de US$ 8,691 bilhões em quatro negócios. Em segundo aparece o Well Gotshal & Manges, com US$ 7,320 bilhões, em um negócio, e em terceiro ficaram, empatados, o Machado Meyer Sendacz e Opice, e o Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com US$ 6,199 bilhões e duas transações cada um. |