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Brasil engatinha no crédito ao consumidor

04/04/2008 às 09h57

3 de abril de 2008  - Consumidor Moderno                          

Aos que esperam uma rápida queda nos juros e índices mais animadores no que diz respeito à oferta de crédito, o ex-ministro da Fazenda e sócio da consultoria Tendências, Maílson da Nóbrega, faz um alerta: “o Brasil ainda está engatinhando neste setor e ainda há muito por fazer”.

Para Nóbrega, quando falamos em crédito e perspectivas na economia brasileira, toda cautela é necessária. “Existem temores de ocorrer uma aceleração inflacionária, decorrente do crescimento da demanda interna, aquecida pelo aumento da renda e do crédito”. Ele defende que o choque dos preços dos alimentos é o principal indicador em que se baseiam os defensores do ponto-de-vista de só se mexer nos juros a partir do segundo trimestre de 2008. “Continuaremos com a trava dos juros elevados inibindo os investimentos da iniciativa privada”, defende.

Este e outros temas pertinentes à área de Crédito e Cobrança serão debatidos por importantes personalidades do setor, além de Nóbrega, durante o Congresso Consumidor Moderno de Crédito e Cobrança (CCMCC), que acontece entre os dias 23 e 24 de abril, em São Paulo.

Organizado pelo Grupo Padrão, por meio da Revista Consumidor Moderno, o CCMCC é o primeiro evento brasileiro de Crédito e Cobrança pensado sob uma ótica 360º, pois contempla toda a cadeia de valor e analisa o impacto da crescente oferta de crédito e a sofisticação dos mecanismos de cobrança na economia brasileira sob a ótica do consumidor. Bancos, financeiras, escritórios de cobrança, varejo e, inclusive, o consumidor estão inseridos nesse contexto.

Para o especialista internacional em relações de consumo e publisher da Consumidor Moderno, Roberto Meir, o evento é uma iniciativa arrojada e necessária, visto que o volume de crédito no País tem crescido cerca de 20% ao ano, impulsionando a economia. “Por outro lado, esse incremento no crédito aumenta o endividamento do brasileiro, e exige disciplina e consciência, já que o excesso de consumo não combina com o atual momento em que vivemos de sustentabilidade. É preciso uma discussão séria e consciente sobre o tema”, defende Meir.

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