Bancos aumentam oferta de crédito consignado |
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16-Mar-2010 |
Com taxas que chegam a 182% ao ano no empréstimo pessoal, o crédito consignado, com desconto no holerite, é a melhor opção para quem passa por uma situação de emergência e não tem de onde tirar dinheiro.
Essa modalidade já caiu nas graças dos aposentados, que contrataram R$ 2 bilhões somente no mês de janeiro. A boa notícia é que os bancos pretendem investir no consignado e ampliar o número de convênios com as empresas.
De acordo com o Banco Central, o empréstimo consignado já ultrapassou o empréstimo pessoal no volume de negócios em 2009, e só perde para as operações de financiamento de veículos.
Juros mais baixosCom mais oferta de crédito, a tendência é que os bancos baixem os juros — que são, em média, de 2,4% ao mês — para disputar os clientes. Por isso, vale a velha regra: antes de contratar um empréstimo, não deixe de procurar as melhores taxas. “O que norteia o mercado de crédito é a taxa de juros. Os bancos só vão conquistar mais clientes de empréstimo consignado com juros mais baixos.
Isso será possível quando as instituições encontrarem um meio de reduzir os custos das operações”, analisa Renato Oliva, presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC). Atualmente, a menor taxa de crédito consignado é praticada pelo Banco do Brasil, a partir de 1,75% ao mês. Não é à toa que a instituição tem cerca de 35% do mercado.
A expectativa dos bancos é aumentar em 20% o volume de operações em relação a 2009. Isso significa que serão fechados aproximadamente dez milhões de financiamentos no país, sendo dois milhões para trabalhadores de empresas credenciadas e oito milhões para os aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O Santander é um dos grandes bancos que pretende investir nesse segmento. A instituição espera fechar 500 convênios neste ano, com foco no funcionalismo e nas Forças Armadas e, assim, crescer 30%.
Segundo o diretor de consignado do Santander, Eduardo Alvarez, para atingir esse objetivo, o banco prepara um novo tipo de serviço. Porém, ele não quis adiantar como vai funcionar. “Os clientes estão percebendo agora as vantagens do crédito consignado em detrimento do crédito pessoal”, afirma. Na Caixa, a taxa de juros do consignado pode ser negociada. O presidente da ABBC acredita, no entanto, que a demanda pelo consignado deva se estabilizar nos próximo anos. Um dos motivos são os financiamentos de longo prazo, que chegam a 60 meses.
“Em 2008 e 2009, o crédito consignado cresceu bastante. Neste ano, mais bancos estarão operando com essa linha de crédito, porém, em 2011 não haverá mais demanda tão grande, já que boa parte do público-alvo terá operações em vigor feitas em anos anteriores”, comenta Oliva.
Fonte jornal Diário de S. Paulo – Juca Guimarães |
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