Banco Central vê impacto do choque de Juros no aumento da inadimplência

Nesta terça-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) divulgou um documento que apresenta os impactos do choque de juros nas concessões de crédito para as famílias e no aumento moderado da inadimplência.
 
De acordo com a autoridade monetária, os efeitos da política monetária sobre a atividade econômica já são perceptíveis, embora reconheça que o período da pandemia tenha dificultado a remoção dos ajustes sazonais das estatísticas.
 
No documento apresentado, nota-se um impacto nos dados recentes referentes tanto à composição das concessões de crédito para as famílias quanto ao aumento moderado da inadimplência, em parte associados a uma dinâmica na renda real que sugere retração. 
 
Na semana passada, às vésperas do segundo turno das eleições, o Copom manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. Foi a segunda reunião seguida em que não houve alteração no patamar da Selic. 
 
Segundo levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), divulgado em outubro, a inadimplência manteve um elevado ritmo de alta em setembro. No mês, o volume de consumidores que atrasaram o pagamento de dívidas atingiu 30%, o maior desde o início da série histórica.