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Aposentados querem consignado com juro menor; governo nega
28/01/2008 às 21h02
Info Pesoal - 28 de janeiro de 2008 | |
Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) querem juros menores para o empréstimo consignado. A reivindicação foi feita na última quinta-feira (24) por representantes de sindicatos do setor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Previdência Social, Luiz Marinho. A taxa, atualmente, é de no máximo 2,64% ao mês para o crédito com desconto em folha. A modalidade cartão de crédito tem custo mensal de 3,7%, em caso de inadimplência ou utilização do rotativo. De maneira geral, para os consumidores essas taxas ficam em torno de 5,5% mensais e 10% ao mês, respectivamente. Recusa Marinho afirmou que não há como diminuir os juros porque há o risco de as instituições não se interessarem em oferecer o crédito. "Não adianta determinar 0,5% de juros e os bancos se recusarem a operar esses empréstimos, mas se percebermos que há gordura, vamos cortar", afirmou à Agência Brasil. "O crédito consignado só tem custo zero se o aposentado e pensionista pagar as prestações em dia. Se passar da data do pagamento do empréstimo, passa a ter os juros", explicou o presidente nacional do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas do Brasil, Epitácio Luiz Epaminondas, citando o caso do cartão de crédito. Atrelado à Selic O ministro lembrou que o juro máximo da modalidade é revisto toda vez que a Selic (taxa básica de juros, atualmente em 11,25% ao ano) é reduzida. "Vamos torcer para que a Selic caia", disse. Desde outubro, o que soma três reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), a taxa básica não é alterada. De acordo com a Agência Brasil, além da redução dos juros dos empréstimos consignados, os aposentados pedem a construção de mais hospitais e postos de saúde e o fornecimento de maior número de medicamentos para a rede pública de saúde. Modalidades oferecidas Em tabela publicada no site da Previdência Social estão dispostas taxas minimas e máximas para o crédito consignado, que variam conforme o prazo de pagamento. Para se ter uma idéia, para o período de um a 18 meses, de 19 a 36 meses e de 55 a 60 meses, o menor juro máximo varia de 1,95% mensal a 2,64%, dependendo da instituição. Isso lembrando que, em prazos de pagamento "quebrados", a taxa pode variar. Por exemplo, para quitação da dívida em seis meses, o menor juro é de 0,90% ao mês. Já para o período de 37 a 54 meses, o menor juro máximo para o maior período é de 2,2% ao mês, contra o máximo de 2,64% mensais. Ao todo, 55 bancos e financeiras oferecem essa modalidade de empréstimo. |