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Ajustes não impedem que crédito atinja novo recorde

28/05/2008 às 10h53

Invertia - 27 de maio, 2008 - Denise Campos de Toledo

Tendo em vista a intenção de controlar a inflação e fazer os índices retornarem a um patamar mais compatível com o cumprimento da meta, a elevação dos juros promovida pelo Banco Central pode até estar alcançando algum efeito no que se refere à expectativas e ao ambiente que estimula novos aumentos de preços, mas quanto ao consumo, por enquanto, não se nota qualquer impacto.

Os ajustes na taxa básica e a perspectiva de mais ajustes nos próximos meses já provocaram elevações pontuais nos juros cobrados dos consumidores e tomadores de empréstimos. Os financiamentos de carros, mais baratos, impediram um avanço médio dos juros cobrados das pessoas físicas.

Porém, ajustes estão ocorrendo em determinadas operações, como no cheque especial e no empréstimo pessoal, só que não impediram que o crédito, no País, batesse mais um recorde em abril.

O volume de financiamentos avançou quase 40% em 12 meses e 2,5% só no mês, o total de operações de crédito ultrapassa os 36% do PIB e dados mais recentes de vendas do comércio, como no último Dia das Mães, e do uso de cartões de crédito demonstram que o embalo prossegue.

O consumidor pode estar até mais seletivo na escolha dos meios de pagamento - até porque conta com muitas opções - mas não está deixando de comprar. Portanto, por aí, persiste o risco, salientado há bastante tempo pelo Banco central, de novas pressões inflacionárias, por um eventual desequilíbrio entre oferta e demanda e até pelo fato de os empresários contarem com o mercado aquecido pra promover aumentos.

Pontualmente, já se nota aumentos de preços decorrentes do consumo, especialmente na área de serviços. Somando-se a isso as pressões provenientes da alta dos preços de commodities, como alimentos, petróleo e minério de ferro, se constata um quadro ainda preocupante de evolução da inflação, que deve reforçar o processo de alta de juros.

A perspectiva tem dominado os negócios com juros futuros e uma fatia maior do mercado já trabalha, inclusive, com um aumento de 0,75 ponto percentual na reunião de junho do Copom.

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