Área exclusiva de acesso do associado ANEPS. Para acessar a área restrita da CERTIFICAÇÃO, CLIQUE AQUI

Últimas
Notícias

Ação do MPPB é deferida e empréstimos consignados são suspensos

10/12/2010 às 11h05

 

 

Ação do MPPB é deferida e empréstimos consignados são suspensos

 

Da Redação com Ascom

 

A ação civil pública movida pela Promotoria de Justiça da Comarca de Ingá contra o Banco do Brasil e o Bradesco foi deferida pela Justiça e todos os contratos de empréstimos consignados e de crédito direto ao consumidor (CDC) realizados na conta de aposentados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) devem ser suspensos.

A ação resultou do procedimento administrativo instaurado este ano pelo Ministério Púbico para apurar irregularidades nos empréstimos consignados e o grau de endividamento dos idosos aposentados e pensionistas.

As investigações apontaram que muitos contratos foram feitos sem o consentimento do idoso, que os empréstimos extrapolavam o limite legal de 30% do valor da pensão ou da aposentadoria e que a instituição bancária onde o idoso recebida a aposentadoria transformava a conta-benefício em conta corrente com cheque especial e mais limites de créditos.

Segundo a promotora de Justiça Cláudia Cabral Cavalcante, com o valor do cheque especial, o banco sacava as parcelas do empréstimo que já não podiam mais ser descontadas em forma de empréstimo consignado por extrapolação do limite legal, apropriando-se dos valores no instante em que o benefício era creditado, levando o idoso “à situação de extrema miséria”.

Endividamento

As irregularidades levaram vários idosos da Comarca de Ingá (composta pelos municípios de Ingá, Riachão do Bacamarte, Itatuba e Serra Redonda) ao endividamento. Por isso, a ação civil pública com antecipação de tutela pediu a anulação dos contratos e a indenização das vítimas por danos morais.

A representante do MPPB disse que apurou vários casos em que os aposentados ficaram meses sem receber “um tostão” da aposentadoria ou da pensão, sem saber o motivo. “Os idosos estão endividados, sem condição digna de sobrevivência, não tendo sequer como se alimentar ou comprar remédios, em razão do engodo, da fraude e dos golpes aplicados na concessão desses empréstimos. Tudo com a conivência, ao menos implícita, das instituições bancárias! Não podia assistir inerte à prática dessa conduta danosa contra pessoas idosas que, por suas restrições naturais, são mais fáceis de serem enganadas e lesadas, como realmente o foram. É hora, pois, de darmos um basta nessa farra dos empréstimos que só favorece as instituições financeiras em detrimento da vida digna do idoso”, argumentou Cláudia.

Compartilhar no

WhatsApp Facebook Twitter

RECEBA NOSSAS NOVIDADES

Este site usa cookies para fornecer a melhor experiência de navegação para você. Para saber mais, basta visitar nossa Política de Privacidade.
Aceitar cookies Rejeitar cookies