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Imprensa
Lucro do BB cai 22,2% em 2020 e banco atinge pior resultado em dois anos

O Banco do Brasil atingiu um lucro ajustado –que não considera itens extraordinários– de R$ 13,9 bilhões em 2020. O resultado ficou 22,2% abaixo do apurado em 2019 e foi e o pior em dois anos.
 
No quarto trimestre, o banco registrou lucro de R$ 3,7 bilhões, queda de 20,2% em relação a igual período de 2019.
Os itens extraordinários consideram receitas e despesas não recorrentes, como as despesas com provisão para ações judiciais referentes aos planos econômicos em cadernetas de poupança, provisão extraordinária com demandas contingentes, entre outros.
 
O resultado anual reflete um maior volume de reservas para cobrir eventuais calotes diante da crise do coronavírus. Em 2020, o banco reservou R$ 22,1 bilhões para cobrir eventuais calotes, aumento de 47,6% em relação ao ano anterior e o maior nível de provisões desde 2016 (R$ 28,5 bilhões).
 
O BB aumentou em 9% sua carteira de crédito em 2020, para R$ R$ 742 bilhões. No segmento de pessoas jurídicas a alta foi de 14,6%, para R$ 283,1 bilhões. Para micro, pequenas e médias empresas o aumento foi de 25,6% (R$ 80 bilhões).
 
Os empréstimos para pessoas físicas avançaram 6,7% sobre 2019, somando R$ 229,3 bilhões, puxados por crédito direto ao consumidor (alta de 11,2%, para R$123 bilhões) –a maior alta ficou com crédito consignado, de 15,2%, para R$ 93,5 bilhões.
 
Já a carteira para o agronegócio somou R$ 191,7 bilhões, alta de 4,3%.
 
Os créditos prorrogados do banco totalizaram R$ 130,12 bilhões em dezembro – 20% da carteira interna.
 
A inadimplência total do BB ficou em 1,9% ao final de 2020. O número representa uma queda de 1,37 ponto percentual em relação a 2019.
 
A margem financeira do banco (principal receita, com operações de crédito) totalizou R$ 34,6 bilhões, uma queda de 11,3% em relação ao ano anterior.
 
O BB diminuiu 9% da sua rede própria, para 12.083 unidades entre agências e pontos de atendimento. Também reduziu seu quadro de funcionários em 1.517 pessoas.
 
Nesta semana, funcionários do banco decidiram paralisar suas atividades em reação a essa reestruturação. Segundo o banco, 88 unidades ficaram sem funcionar na quarta-feira (10). O banco tem mais de 5.000 agências e postos de atendimento.
 
Na primeira quinzena de janeiro, o BB havia anunciado um conjunto de medidas para diminuir sua estrutura organizacional, com o fechamento de 361 unidades, sendo 112 agências. A estimativa era de uma economia anual de cerca de R$ 353 milhões em 2021 e de R$ 2,7 bilhões até 2025.
 
Também foram aprovadas pelo banco, na época, duas modalidades de desligamento incentivado voluntário aos funcionários. O prazo para adesão era até 5 de fevereiro. Segundo o BB, finalizadas as etapas de manifestação voluntária, foram validados os desligamentos de 5.533 funcionários –533 a mais do que o previsto.
 
Em nota, o Banco do Brasil afirmou que o conjunto de ações busca adequar a rede de agências ao aumento do comportamento digital de seus clientes e à necessidade de ampliar o atendimento especializado, especialmente voltado para o agronegócio.
 
“As ações também buscam aumentar a eficiência nas atividades da empresa, garantindo a sustentabilidade dos negócios”, disse o banco.
 
Em comunicado, o presidente da instituição, André Brandão, disse que o aplicativo do banco ganhou 4,7 milhões de novos usuários em 2020.
 
"Foram realizados mais de 17 milhões de atendimentos pelo WhatsApp. Em dezembro, somaram-se mais de 21 milhões de clientes ativos nos canais digitais", afirmou.

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