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Imprensa
Crédito cresce para pessoa física e recua para empresa

O crédito para pessoas físicas cresceu em agosto, enquanto os empréstimos para pessoas jurídicas recuaram, influenciados negativamente pelas concessões para capital de giro. É o que mostram números levantados pelo Valor em documentos enviados pelo Banco Central (BC) à comissão mista do Congresso que acompanha as medidas de combate à crise econômica. Os dados completos do mercado de crédito referentes a agosto serão divulgados pela autoridade monetária no fim do mês.

Na comparação com julho, os empréstimos para pessoas físicas cresceram 11,41%, para R$ 1,966 bilhão. A conta é feita sempre usando o conceito de média diária. A alta foi registrada nos três segmentos destacados pelo BC: não consignado (14,47%, para R$ 438,7 milhões); consignado (11,54%, para R$ 976,6 milhões); veículos (8,41%, para R$ 505,6 milhões.
 
“Já vemos sinais de que a economia opera em outro nível”, diz Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).
Ele destaca positivamente o crescimento de 8% da produção industrial e de 7,2% das vendas do varejo em julho, divulgado nas últimas semanas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
 
Segundo Tingas, a expansão do crédito não consignado tem a ver com a redução dos índices de atraso e inadimplência observado nos últimos meses, que por sua vez abriu espaço para novos empréstimos. “Muita gente colocou as finanças em dia”, diz, lembrando que concessões de não consignado têm tíquetes menores e “demanda permanente”.
 
A alta do consignado segue caminho semelhante, depois de operações menos vantajosas, como empréstimos no cheque especial, “despencarem”. Já as concessões para a compra de veículos se aproximam do nível em que estavam no fim de 2019, de acordo com Tingas. Ainda em relação ao crédito para pessoas físicas, o economista chama a atenção para o crescimento de modalidades não incluídas nos documentos do BC enviados ao Congresso, como o cartão de crédito à vista.

No caso das pessoas jurídicas, os números da autoridade monetária mostram que os empréstimos caíram 5,23%, para R$ 3,262 bilhões. O resultado foi puxado pelo recuo de quase 30% nos empréstimos para capital de giro, cuja média diária ficou em R$ 1,34 bilhão. Os outros três segmentos tiveram alta: financiamento à exportação (95,74%, para R$ 89,8 milhões); Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC, com crescimento de 27,68%, para R$ 404, 8 milhões); desconto de duplicatas (21,96%, para R$ 1,427 bilhão).

Para Tingas, depois da alta da demanda por capital de giro no começo da pandemia, era esperada alguma acomodação. “As empresas estão usando cada vez menos crédito emergencial e cada vez mais crédito operacional”, afirma. Já o financiamento à exportação e o ACC se beneficiaram da desvalorização do câmbio no mês passado.
 
Na comparação com agosto do ano passado, por sua vez, houve alta nas concessões tanto para pessoas físicas (11,51%) quanto para pessoas jurídicas (7,03%). No caso das famílias, mais uma vez, a expansão foi disseminada: consignado (20,98%); não consignado (5,28%); veículos (1,86%). Para as empresas, o crescimento foi puxado pelo capital de giro (5,28%); veículos (1,86%). Para as empresas, o crescimento foi puxado pelo capital de giro (55,44%), enquanto financiamento à exportação (48,91%), ACC (27,24%) e desconto de duplicatas (1,81%) tiveram quedas
 

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