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Imprensa
BTG Pactual entra no varejo bancário, com duas novas plataformas

O BTG Pactual anunciou nesta segunda-feira a entrada no varejo bancário com o lançamento de duas plataformas, a BTG+, voltada para pessoas físicas, e a BTG+ Business, que atenderá micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).

Segundo o CEO do banco, Roberto Sallouti, durante a coletiva de lançamento, “desde meados de anos 90 a gente discutia se o Pactual entraria no varejo e finalmente esse momento chegou”.
 
O executivo enfatizou se tratar de “uma plataforma bancária completa, totalmente transacional” voltada para as pessoas físicas e pequenos negócios. De acordo com Sallouti, “é um momento histórico nos 37 anos do BTG”.
 
A conta corrente transacional do BTG+ está disponível desde hoje aos clientes já cadastrados na plataforma de investimentos BTG Pactual Digital. A partir de janeiro, o banco pretende ofertar a abertura de contas a qualquer interessado.
 
Em um primeiro momento, os clientes investidores do BTG Digital podem utilizar funcionalidades como pagamentos de contas, boletos, transferências e portabilidade de salário. Ao longo dos próximos meses, outros produtos serão incorporados, como cheque especial, financiamentos de veículos, ‘home equity” e seguros.
 
Junto com a conta, o BTG+ também já vai disponibilizar cartões de crédito nos perfis “black” e “platinum” e um programa de fidelidade batizado de Invest+, que traz um sistema de “cashback” no qual um percentual das compras realizadas é revertido para um fundo de investimento da asset do grupo financeiro.
 
Segundo o sócio e chefe do BTG +, Rodrigo Cury, o cartão “black” terá 1% de cashback, enquanto os modelos platinum vão reverter 0,75%. “Mas teremos alguns tipos de incentivos e campanhas que podem elevar esse percentual para até 2%, no caso do black”, acrescentou.
 
Sallouti vislumbra um potencial de crescimento exponencial para a nova plataforma digital de varejo do banco, o BTG+. “Em 5 anos, metade da receita do BTG Pactual pode vir do varejo digital; não é uma meta, é um sonho”, afirmou o executivo.
 
Conforme Sallouti, apesar de ter citado o “sonho” para as novas plataformas, ainda não há uma meta de crescimento, porque a plataforma acaba de ser lançada. Mas, conforme acrescentou Cury, a plataforma já está pronta para atender “milhões de clientes”.
 
Mais detalhes

De acordo com o CEO do BTG, os relatórios de balanço do quarto trimestre, que vão ser divulgados no começo de 2021, vão trazer informações mais detalhadas sobre o negócio de varejo do banco. “Quando a gente reportar no início do ano que vem [dados do quarto trimestre] vamos mostrar de maneira complementar e dar maior visibilidade do que é o negócio de varejo e o de atacado.”
 
Na visão do sócio sênior do banco, Amos Genish, a plataforma BTG+ vai reunir o melhor de dois mundos: a solidez da marca e balanço do BTG com a inovação e flexibilidade das fintechs.
 
Segundo o executivo, avanços tecnológicos, como computação em nuvem (cloud), APIs, “big data” e o avanço dos smartphones criaram uma infraestrutura que permite lançar bancos digitais, com custos relativamente baixos, comparados ao passado.
 
Para Genish, as fintechs, ao contrário dos grandes bancos, não têm sistemas legados, o que lhes permite ter um foco muito mais ajustado ao cliente, mais agilidade para inovar e um custo até 50% menor do que os grandes bancos. O problema, apontou o sócio do BTG, é que as fintechs ainda enfrentam dificuldades para encontrar modelos rentáveis no país por não terem licenças completas como os incumbentes e encontrarem dificuldades de funding para crédito.
 
“A maioria das fintechs no país ainda perde dinheiro, pois ainda são monoproduto e focado na [concorrência com produtos de] banco tradicional”, explicou.
 
Por outro lado, apesar das dificuldades em inovar e atender as novas demandas dos consumidores digitais, os bancos incumbentes têm marcas conhecidas, licenças regulatórias completas e um leque de produtos amplos, o que atende às necessidades de muitos clientes de “fazer tudo em um lugar só”.
 
Com o BTG +, ponderou Genish, “estamos integrando o melhor dos dois mundos, toda a capacidade de marca, credibilidade e balanço sólido do BTG e com a agilidade, inovações 100% digital e flexibilidade de uma fintech”.
 
Segundo o sócio do banco, “o BTG+ é um sistema mais completo que o BTG Ditigal, que é focado em plataforma de investimentos”. A nova plataforma vai integrar todos os produtos financeiros disponíveis no mercado, como pagamentos, banking, crédito, investimentos e seguros.
 
Conforme Sallouti, o BTG Digital vai continuar como um modelo de negócios independente do BTG+, mas ambas as plataformas vão ter uma integração de funcionalidades. “O BTG Digital é a melhor plataforma de investimentos do Brasil e vai continuar sendo e se especializando e o BTG+ é um banco de varejo. O cliente é único, mas os propósitos e objetivos dos dois negócios continuam separados.”
 
Segundo Cury, junto com a plataforma o banco está lançando um programa de fidelidade em conceito aberto. “É o primeiro programa de ‘loyalty’ plataforma aberta, onde o cliente pode escolher o programa de fidelidade que preferir, por exemplo, de milhas de uma aérea ou cashback e os pontos vão direto para onde o cliente quer”.
 
Junto com o programa, o BTG+ vai incorporar também o sistema de cashback Invest+, pelo qual um percentual dos gastos dos cartões vai ser depositado em um fundo de investimento. “É transformar parte do que já gasta em investimento”, aponta Cury.

Pequenas e médias empresas

O BTG+ Business, plataforma digital voltada às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), busca soluções para demandas de um segmento, em geral, mal atendido pelos bancos, afirma o sócio do BTG e chefe da área de corporate, Rogério Stallone. Segundo o sócio e responsável pela área de PMEs, Gabriel Motomura, “para a gente estava clara a decisão de começar pelo crédito para as MPMEs”.
 
Segundo o executivo, pesquisa da instituição mostra que 54% das empresas de menor porte classificam os serviços bancários existentes como “ruim” ou “muito ruim”. As reclamações são várias, mas presentes na maioria das respostas dos empreendedores: crédito caro, burocracia, dificuldade no atendimento e demora para que os pedidos sejam resolvidos.
 
“Lançamos uma plataforma 100% digital, onde as operações de crédito são contratadas on-line, sem papel, e liberadas no mesmo dia”, disse Motomura. O sócio do BTG explicou que, com a metodologia consolidada na plataforma, o banco, em menos de dois anos, conseguiu sair do zero para uma carteira de empréstimos de R$ 4,9 bilhões no segmento.
 
De acordo com Motomura, no início de 2021 o BTG+ Business vai lançar serviços de gestão financeira para as pequenas empresas. “Não vamos ficar só no crédito, no primeiro semestre de 2021 vamos entrar no 'cash management' e trazer soluções de pagamento de fornecedores, de folha de pagamentos, transferências e outras soluções.”
 
Além da gestão financeira, a plataforma pretende integrar conteúdos informativos de acordo com a demanda dos clientes.
 
“Vamos ter uma curadoria de conteúdo relevante para MPMEs, como gestão, empreendedorismo, inovação e economia”, acrescentou.
 
Conforme Stallone, o motor de crédito da plataforma usa inteligência artificial e outras tecnologias de análise de dados para precificar operações cliente a cliente. “Não temos uma taxa padronizada para as MPMEs, mas, para o bom cliente, a gente consegue baixar os juros”, disse.
 
O BTG+ Business, segundo Stallone, é um banco completo construído para atender as demandas de empresas de menor porte no Brasil. “A gente quer ser um banco completo que atenda a necessidade e demandas das 19 milhões de MPMEs”, afirmou. “Hoje o cliente empresa se adapta ao serviço bancário, mas queremos que o banco se adapte as necessidades do cliente", acrescentou.
 

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