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Imprensa
Reabertura impulsiona confiança do empresariado, aponta FGV

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu sete pontos entre julho e agosto, para 94,5 pontos, atingindo maior patamar desde fevereiro (96 pontos), ou seja, antes da pandemia, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Isso comprova trajetória de recuperação da confiança do empresário, impulsionada por flexibilização do isolamento social e eabertura da economia, delineadas nas principais capitais após restrições em meados de março, devido à covid-19, disse o superintendente de Estatísticas da FGV, Aloisio Campelo.

Para ele, a confiança do empresário deve manter saldo positivo, mas com altas menos intensas do que as dos meses imediatamente anteriores a abril - considerado o fundo do poço dos efeitos negativos originados pela pandemia.
 
Incerteza ainda elevada e dúvidas em relação às ações do governo no combate à crise causada pela covid-19 devem diminuir intensidade do avanço, afirmou.
 
Campelo comentou que a melhora na avaliação de momento presente comandou aumento no ICE de agosto. Nos dois subindicadores do ICE, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 8,9 pontos, entre julho e agosto, para 88,6 pontos - enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 6,3 pontos, para 96,1 pontos.
 
O empresariado notou melhora na demanda do mercado interno que, além de menor restrição social, também foi influenciado por concessão do governo de auxílio emergencial - que elevou poder aquisitivo, disse.
 
O economista comentou que, nas discussões do governo sobre continuidade de auxílio emergencial, o valor seria menor que em meses anteriores. Ao mesmo tempo, a incerteza com a economia ainda permanece elevada.
 
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), anunciado na semana passada pela FGV, caiu 3,4 pontos entre julho e agosto, para 160,3 pontos, mas a pontuação desse indicador ainda permanece elevada, em patamares históricos. Antes da pandemia, o IIE-Br tinha média histórica em torno de 115 pontos.
 
Outro aspecto mencionado por ele é o fato de que a retomada na confiança empresarial não opera com mesma intensidade, em todos setores. Em agosto, comércio e indústria puxam o saldo positivo do ICE.
 
“Em serviços e em construção, o patamar de confiança do empresariado está abaixo [do de indústria e comércio]”, completou ele. O especialista citou, ainda, recentes discussões sobre questão fiscal do governo, que também afetam humor do empresariado.
 
Esses fatores podem diminuir o ritmo de avanço tanto do ISA quanto do IE, levando a altas menores no ICE. “A confiança está em recuperação”, afirmou. “Mas, caso o ICE volte a ter aumento de sete pontos, voltaria a 100 pontos [quadrante favorável]. Acho pouco provável que isso aconteça.”
 

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