No trimestre marcado pelo isolamento social, a credenciadora de cartões PagSeguro, do grupo UOL, reportou lucro líquido de R$ 296,3 milhões de abril a junho, o que representa uma queda trimestral de 16,9% e anual de 8,2%.

A empresa viu uma diminuição das receitas totais de 2,3% em um ano e de 14,5% no trimestre, para R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre. Com as pessoas usando menos o cartão de crédito, houve queda da chamada “take rate”, o ganho a cada transação, que ficou em 2,79%, mas executivos acreditam que haverá recuperação.
 
Apesar da crise, a PagSeguro foi capaz de elevar o volume de pagamentos capturados em um ano em 11,4%, para R$ 29,7 bilhões no segundo trimestre. Em comparação aos três meses anteriores, houve queda de 6%. No entanto, a companhia já vê volumes 20% maiores em julho, comparado a março. Os dados não incluem coronavoucher.
 
A quantidade de clientes ativos (com transação nos últimos 12 meses) somou 5,8 milhões ao fim do trimestre. O número representa alta de 22,9% em um ano e de 5,45% em um trimestre. Já o PagBank atingiu 4,9 milhões de clientes em junho, 1,2 milhão a mais no trimestre e 3,5 milhões a mais em 12 meses.
 
“Certamente os números declinaram no trimestre, mas dados operacionais importantes apresentaram melhora a cada mês e frente ao ano passado”, disse Ricardo Dutra, CEO da PagSeguro, a analistas ontem à noite. Após o balanço, as ações da PagSeguro no mercado americano subiam 1,15% no after-market.
 
Na teleconferência, o executivo ressaltou a parceria para usuários do TikTok receberem recursos no PagBank, atingindo “millenials” que estão iniciando a vida financeira. E a compra da subadquirente Wirecard Brazil, que trará um maior fortalecimento das operações on-line da empresa de pagamentos.
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