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Concessão de crédito testa novo campo de atuação

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Com acesso aos dados de bilhões de clientes, as operadoras de telecomunicações são candidatas naturais a oferecer serviços financeiros. O setor entrou timidamente nesse campo, com o lançamento de pacotes de crédito em parceria com bancos. Uma grande vantagem é contarem com uma enorme base de assinantes e a possibilidade de rápida comunicação com eles, diminuindo o custo de aquisição do cliente. “É uma nova forma de monetizar a nossa base e alcançar cerca de 45 milhões de pessoas que fazem parte da população não bancarizada, cujas transações financeiras ultrapassam R$ 800 bilhões por ano”, afirma Renato Ciuchini, diretor de estratégia e transformação da TIM.
 
Os primeiros serviços, lançados no Brasil em caráter piloto, são voltados ao crédito pessoal. O Vivo Money, serviço da Vivo com o banco Digio, oferece empréstimos de R$ 1 mil a R$ 30 mil, com taxas de juros a partir de 2,97% ao mês, conforme análise de perfil de crédito. “A contratação se dá de forma totalmente digital, baixando o aplicativo no celular, computador ou tablet”, explica Ricardo Hobbs, vice-presidente de estratégia e novos negócios da Vivo. Nesta etapa piloto está disponível para clientes que têm celular dos planos controle ou pós-pago e que receberam uma comunicação da empresa sobre o serviço. A empresa também atua em outros produtos financeiros como cartões de crédito co-branded com os bancos Itaú e Santander, e seguros (residencial e de aparelho celular) em parceria com seguradoras.
 
A nova regulamentação do Banco Central estimulou a entrada de novas empresas. No segundo semestre de 2019 a Claro anunciou o smartcred em parceria com o Banco Inbursa Brasi , parte do grupo financeiro mexicano Inbursa, que pertence à família Slim, principal acionista da Claro. Os clientes pessoa física, com planos pós ou controle, pré-aprovados, podem contratar empréstimos que variam de R$ 1,5 mil a R$ 30 mil com taxas de mercado a serem pagas em até 36 parcelas mensais, sem taxa de cobrança para análise cadastral e sem avalistas ou garantias para a contração. As cobranças das parcelas são feitas na fatura da operadora, evitando novos boletos.
 
Para contratar o empréstimo, o cliente baixa o aplicativo no celular, insere seus dados, digitaliza os documentos e escolhe em qual banco receber o dinheiro, em até três dias úteis, após ter seu crédito aprovado, sem necessidade de ir em agência bancária ou lojas da Claro. “Estamos abertos a parcerias com fintechs, insurtechs e bancos digitais”, afirma Maurício Santos, diretor de soluções e produtos financeiros da Claro.
 
Ainda neste semestre, a TIM vai anunciar um produto financeiro por meio de um acordo com um banco digital. “A ideia é combinar serviços financeiros e telecomunicações para a base de 55 milhões de consumidores que já são clientes da operadora”, destaca Ciuchini, da TIM. 
 
Para Alexandre Pinto, diretor de inovações e novos negócios da Matera, existe demanda grande por serviços básicos como conta digital, transferência entre contas, pagamento de boleto, entre outros. “As teles podem operar como instituição de pagamento, a exemplo do que já fazem os bancos digitais”, afirma Alexandre Pinto, diretor de inovações e novos negócios da Matera. Outro mercado importante, segundo o executivo, é o pagamento no celular por meio do QR Code, substituindo o cartão de crédito, que deve crescer exponencialmente nos próximos anos.
 
Segundo Marco Stefanini, CEO da Stefanini, as teles podem se beneficiar com a parceria com fintechs, mas têm porte e conhecimento suficiente dos clientes para entrar na área de serviços financeiros sozinhas, contratando plataformas do mercado para acelerar os lançamentos.

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